A Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) comemora os seus 55 anos de atuação e de protagonismo no setor no dia 8 de agosto. Ao longo desses anos, houve notadamente um amadurecimento da associação, assim como fatos que permitiram a ampliação do acesso à saúde pela população.

Em 1966, um grupo de médicos e profissionais de saúde fundaram a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (atual Abramge) para organizar e disseminar a saúde privada no País, antes mesmo do lançamento dos planos individuais e das leis que iriam regular a oferta da prestação deste serviço para a sociedade.

Nas décadas de 70 e 80, grande parte dos hospitais privados e filantrópicos gerenciava seus próprios planos de saúde a fim de fidelizar os usuários e, consequentemente, aumentar o uso de seus serviços. Muito similar ao que acontece atualmente com as operadoras verticalizadas de planos de saúde, que mantêm uma rede própria e administram seus recursos.

Já no fim dos anos 80, havia mais de 250 operadoras de planos de saúde responsáveis por 13 milhões de beneficiários, com 55 hospitais próprios, 6.500 leitos, 500 ambulatórios e diversos serviços auxiliares. Por fim, a Constituição Federal de 1988 incluiu o artigo 199 da Carta Magna, permitindo a assistência à saúde pela iniciativa privada. O artigo foi considerado a base para a criação da Lei 9.656/98 anos mais tarde.

Uma conquista recente na jornada da Abramge foi a certificação internacional ISO 9001 neste ano. O selo corrobora com a qualidade dos serviços de seus associados, gerando mais credibilidade no mercado. Os auditores destacaram dois itens durante o processo: a abordagem sistêmica para a gestão da qualidade e o engajamento dos colaboradores.

“Em 55 anos de trajetória, a Abramge contribuiu para a elaboração de agendas e pautas relevantes para o setor, e acompanhou de perto a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da Lei 8080/1990. Agora estamos em um momento em que a integração pública e privada, com a adoção de um prontuário integrado, é ainda mais essencial para a manutenção do cuidado com as pessoas”, afirma Renato Casarotti, presidente da Abramge.

Desde o surgimento da pandemia, a iniciativa privada tem trabalhado em parceria com o sistema público de forma incansável. As operadoras associadas à Abramge cederam mais de 800 leitos ao SUS por meio de editais e hospitais de campanha ou em comodato. Foram mais de R$ 50 milhões em doações de materiais, exames, EPIs e medicamentos.

A adoção do prontuário integrado e a Telessaúde são considerados movimentos cruciais para toda a cadeia. A saúde suplementar busca também a modernização da Lei 9.656/98 para possibilitar uma maior democratização do acesso à saúde, com novos produtos, mais alinhados aos diferentes perfis da população brasileira.

“A Abramge compreende a importância e o seu papel para o avanço do setor. As alterações levam tempo para serem desenvolvidas e implementadas. Portanto, as pautas sobre Telessaúde, prontuário eletrônico, integração do público e privado, além da ampliação de diferentes modelos de gestão, permanecerão sendo pautadas pela Abramge junto aos formadores de opinião e à sociedade para corroborar as melhores decisões para evolução da área de saúde”, completa Casarotti.