O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu nesta segunda-feira o ressarcimento pelos planos de saúde de serviços prestados pela rede pública aos segurados.

Em evento no Palácio dos Bandeirantes, o governador afirmou que “entre 15% e 20%” dos pacientes da rede pública paulista têm convênios com a rede privada. “Esse tipo de prática [o ressarcimento] ajudaria a cobrir o déficit da saúde”, declarou, ressaltando que o modelo já é adotado em outros países.

Alckmin assinou nesta manhã portarias para a liberação de serviços prestados por entidades filantrópicas e por Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que passarão a contar com R$ 98 milhões adicionais em repasses federais. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, também esteve presente.

O pagamento pelos serviços prestados aos segurados no setor privado pela rede pública é uma das medidas de economia propostas pelo governador para aperfeiçoar a gestão da Saúde. Ele mencionou ainda a redução de desperdícios, do que chamou de “excesso de intervencionismo”, referindo-se a exames e procedimentos desnecessários, e às perdas de recursos decorrentes da judicialização da saúde, uma conta que chega a R$ 1,2 bilhão no Estado.

Para a União, essas perdas atingem R$ 7 bilhões, disse o ministro da Saúde. “Esses são recursos deslocados de outras áreas para cobrir as decisões dos processos judiciais”, afirmou.