Terceira maior operadora de planos de saúde do País, com 2,8 milhões de clientes, a Amil deve passar por um tratamento intensivo em sua estrutura operacional nos próximos meses. A prescrição é, basicamente, encolher em tamanho para crescer em rentabilidade. Sob o comando do CEO José Carlos Magalhães, que assumiu a cadeira do médico Claudio Lottenberg há um ano, o grupo procurou o banco BTG Pactual para tentar vender as carteiras de planos de saúde individual dos usuários de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, além dos hospitais Paulistano, Caieiras e Sumaré, localizados na capital paulista, e o Hospital Vitória, em Curitiba. Procurado pela DINHEIRO, Magalhães não concedeu entrevista. Em nota, a Amil informou que “não comenta rumores de mercado ou especulações.”

Nos bastidores, no entanto, sabe-se que a companhia já colocou vários ativos à venda e que está em conversas avançadas com operadoras regionais para se desfazer de carteiras de planos individuais e dos planos de livre escolha — considerados “ativos podres” pela Amil, segundo fontes ligadas à empresa. “A Amil está determinada a abrir mão de volume para ter mais margem em carteiras empresariais em cidades de médio porte e capitais”, afirmou um executivo ligado à empresa, a par das negociações. “Existe uma grande insatisfação da controladora, a americana UnitedHealth, com o desempenho da empresa em alguns segmentos, e uma pressão grande sobre o presidente.”