A Amil se comprometeu a não cobrar multas dos beneficiários que decidirem rescindir o contrato por se sentirem prejudicados pelo descredenciamento dos sete hospitais da Rede D’Or no Rio de Janeiro. O compromisso faz parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela operadora com o Procon-RJ, a Defensoria Pública do Estado  e o Ministério Público Estadual.

O descredenciamento da Rede D’Or foi anunciado, em maio, e passa a valer nesta sexta-feira, dia 21. Pelo TAC, a Amil reafirma o compromisso já firmado com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), de  assegurar a continuidadedo atendimento a seus beneficiários que eram estavam em atendidos pela rede que será descredenciada, inclusive na realização de cirurgias já agendadas, casos de urgência e emergência, além de atendimentos oncológicos, pediátricos e  os pacientes já internados mesmo após 21 de junho. A transferência para outras unidades credenciadas, somente será feita mediante a laudos médicos que atestem que há condições do paciente para o translado.  Também será mantido atendimento pré-natal de gestantes e tratamentos obstétricos iniciados na Rede D’or, se assim a gestante desejar.

– Com a assinatura do acordo, temos o compromisso formal de que os consumidores não ficarão prejudicados, mantendo todo o tratamento de qualidade dos clientes da Amil e, principalmente, daquelas pessoas internadas, em tratamento médico oncológico, gestantes ou de outra natureza, todos protegidos desta forma – destaca o subcoordenador do Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública (Nudecon), Eduardo Chow de Martino Tostes.

O acordo prevê ainda que a Amil anuncie, nesta quinta-feira,  de forma ostensiva no em seu site da operodora, em mensagens diretas aos seus beneficiários, o descredenciamento da Rede D’Or. E ainda  disponibilize, por seis meses, um atendimento telefônico específico e gratuito (0800-707-1663) para prestar informações sobre a mudança na rede credenciada.

Quando anunciou o descredenciamento da Rede D’Or,  Claudio Lottenberg, presidente do UnitedHealth Group, multinacional que responde pela operadora,  explicou que se tratava de uma divergência sobre a forma de pagamento e  defendeu o descredenciamento de hospitais como forma de proporcionar “uma medicina por preço justo”  , porém admitiu ter “consciência do dissabor que isso vai causar”.

Em caso de dificuldades de atendimento, a ANS  orienta o beneficiário a  entrar em contato com a Amil. Caso não tenha o problema solucionado, o consumidor deverá registrar reclamação na ANS.