As consequências causadas pela pandemia de Covid-19 no sistema de saúde do Brasil ficaram evidentes ao longo dos últimos meses. Os beneficiários de planos médico-hospitalares também foram afetados pela doença devido a sua gravidade e fácil transmissão. Para analisar como o problema atingiu essa parcela da população, o IESS produziu o “Texto para Discussão n° 83 – Mapeamento da situação de saúde dos beneficiários de planos de assistência médica no Brasil: microdados da PNAD Covid-19 de novembro de 2020”.

Os dados mostram que, em novembro de 2020, 58 milhões de brasileiros (ou 27% da população) tinham um plano de saúde de assistência médica, seja particular, de empresa ou órgão público. Entre essa parcela da população, 317 mil afirmaram ter tido um ou mais sintomas de gripe que podia estar associado à Covid-19. O sinal mais frequente relatado pelos beneficiários foi “perda de cheiro ou sabor”, atingindo 256 mil indivíduos. Tosse, febre e dificuldade para respirar afetou 108 mil pessoas.

Desde o início da pandemia, as autoridades sanitárias alertaram que os grupos que corriam maior risco de evoluir para casos graves da doença eram idosos e pessoas com comorbidades. Em novembro de 2020, do total de beneficiários de planos de saúde, 10 milhões (17%) tinham mais de 60 anos e 15 milhões (26%) eram diagnosticados com alguma comorbidade. Os principais fatores de risco eram:

  • Hipertensão: 14,3%
  • Diabetes: 5,8%
  • Doenças respiratórias: 6,8%
  • Doenças do coração: 3,1%
  • Câncer: 1,6%

A análise do IESS averiguou também que a proporção de doenças crônicas e fatores de risco foram mais altas entre os beneficiários do que entre os não beneficiários de planos de saúde. Para ter acesso a todos os dados do TD 83,  clique aqui.