A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no Brasil divulgam publicação com os projetos selecionados no Laboratório de Inovação sobre Experiências de Atenção Primária na Saúde Suplementar Brasileira. A coletânea encerra a parceria iniciada em agosto de 2017 entre as duas entidades com o objetivo de identificar e reconhecer o esforço, individual ou conjunto, de operadoras de planos de saúde brasileiras na implementação da Atenção Primária em Saúde (APS), bem como acompanhar o seu impacto nos resultados em saúde e na sustentabilidade do setor.

De acordo com critérios definidos pela Comissão de Avaliação no edital do Laboratório de Inovação, a publicação apresenta as 12 práticas consideradas inovadoras na organização de serviços a partir da atenção primária, com indicadores e resultados comprovados. As experiências reúnem diferentes práticas, evidenciando variada capacidade de incorporação e gestão da APS como estratégia para reorganização da assistência prestada pelas operadoras aos seus beneficiários.

“Com a publicação, esperamos fomentar no setor o esforço de repensar e reorganizar o modelo de atenção em saúde, visando o vínculo do cuidado coordenado, a integralidade da assistência prestada e o monitoramento contínuo dos resultados alcançados. Desejamos que a leitura contribua para a melhoria dos resultados em saúde, favorecendo a sustentabilidade do setor”, afirma Karla Coelho, diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS.

Renato Tasca, coordenador da Unidade Técnica de Sistemas e Serviços de Saúde da Opas no Brasil, acrescenta: “As experiências analisadas permitiram uma visão mais ampliada das estratégias que estão sendo utilizadas pelas operadoras no sentido de reduzir a fragmentação do cuidado e racionalizar o uso dos recursos, melhorando assim a experiência do beneficiário e reduzindo desperdícios”.

Considerando as peculiaridades do setor, a publicação destaca aspectos importantes e recomendações com a finalidade de subsidiar as operadoras na mudança de modelo assistencial. O envelhecimento da população e o aumento dos fatores de risco para doenças crônicas, incluindo a inatividade física, a alimentação inadequada, o tabagismo e o uso abusivo de álcool, exigem a adoção de estratégias para beneficiários que não apresentam condições crônicas, mas precisam melhor gerenciar o seu estilo de vida.

“Neste sentido, é fundamental aprimorar os programas de promoção da saúde e prevenção de doenças (Promoprev) para que sejam mais efetivos no engajamento de participantes, com integração crescente da rede assistencial e monitoramento contínuo dos resultados alcançados”, destaca Alberto Ogata, coordenador do Laboratório de Inovações da Saúde Suplementar.

Ao todo, 41 projetos foram inscritos no Laboratório. As 12 experiências inovadoras selecionadas para esta publicação final estão sistematizadas e publicadas na Série Técnica NavegadorSUS.

Confira aqui a publicação.