A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lançou, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o edital do Laboratório de Inovação sobre Experiências de Atenção Primária na Saúde Suplementar Brasileira. A iniciativa pretende realizar um mapeamento das experiências no setor privado da saúde com modelos baseados na atenção primária e na medicina de família e comunidade.

“O objetivo é reunir informações que ilustrem como o setor está respondendo às mudanças demográfica e epidemiológica, que implicam um aumento da carga das doenças crônicas não transmissíveis e demandam respostas mais efetivas do modelo assistencial prevalente na saúde suplementar”, destacou Fernando Leles, da OPAS.

Todas as experiências inscritas serão catalogadas e divulgadas em uma publicação conjunta da ANS e da OPAS.  As instituições que tiverem seus projetos selecionados receberão um certificado de reconhecimento do projeto e poderão apresentar suas experiências em seminário a ser realizado ainda este ano. O prazo de inscrição termina no dia 1º de setembro, e a iniciativa está aberta a todas as operadoras de saúde do país. Confira aqui o edital.

Oficina Promoprev

A iniciativa foi lançada no dia 03/08, durante a 3ª Oficina do Grupo Técnico de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e de Doenças (Promoprev) da ANS. Liderado pela Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos do órgão regulador, o Grupo tem o objetivo de discutir novas diretrizes e incentivos para a mudança do modelo assistencial e desenvolvimento de programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e de doenças pelas operadoras de planos de saúde.

“A saúde suplementar brasileira enfrenta importantes desafios para a coordenação do cuidado prestado nos diferentes níveis de complexidade da sua rede, o que resulta em um cuidado, muitas vezes, fragmentado e centrado em procedimentos. Com esse pano de fundo, o Grupo Técnico, composto por representantes do setor, pesquisadores e técnicos da ANS, discutiu sobre a proposta de modelagem dos programas de Promoprev em três níveis de complexidade, de acordo com a intensidade do cuidado”, explicou a diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Karla Coelho.

Durante o debate foram discutidas questões como a importância do registro eletrônico em saúde e a interoperabilidade dos sistemas para a gestão das informações nas operadoras, além da necessidade de um novo olhar diante da rotatividade dos beneficiários.