Um termo de compromisso que garanta a continuidade do atendimento aos mais de 800 mil beneficiários da Unimed-Rio começou a ser negociado, no dia 17/10, em reunião na sede da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com representantes dos Ministérios Público federal e estadual, Defensoria Pública do Estado e cooperativa carioca e de prestadores de serviços credenciados à empresa.

Durante o encontro, segundo nota conjunta recebida em primeira mão pelo GLOBO, foram “debatidas as metas e fixados os compromissos inerentes às responsabilidades de cada um dos participantes” nesse processo de garantia de direitos dos clientes da Unimed-Rio.

A nota ainda destaca que “a participação dos cooperados também será fundamental ao atingimento das metas direcionadas ao reequilíbrio econômico-financeiro e assistencial da cooperativa.”

No último dia 4, a ANS recomendou a venda da carteira da Unimed-Rio. Segundo fontes do setor, apesar da orientação ser genérica, a expectativa da agência reguladora é que o Sistema Unimed dê uma solução interna para amparar os usuários da cooperativa do Rio, caso não se consolide a recuperação da empresa. Hoje a cooperativa tem um passivo de R$ 1,9 bilhão e está no segundo ano de direção fiscal, ou seja, tendo a gestão e as contas observadas de perto pela ANS.

Nenhum detalhamento sobre o acordo foi informado. Segundo pessoas próximas ao plano de recuperação da Unimed-Rio, teme-se que a divulgação de qualquer informação sobre os pontos fixados para o futuro termo de compromisso possa prejudicar o fechamento do acordo.

Participaram ainda da reunião representantes de Unimed do Brasil, da Unimed Seguros, da Central Nacional Unimed, da Federação das Unimeds do Rio de Janeiro, da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (FEHERJ), do Sindicato dos Hospitais e Clínicas do Rio de Janeiro (SINDHRIO), Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) e Associação dos Hospitais do Estado do Rio de Janeiro (AHERJ).