A Unimed Rio, poderá ter o mesmo destino que a Unimed Paulistana e fechar as portas, dado que sua crise financeira fez com que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) recomendasse a venda da sua carteira, de cerca de 870 mil clientes, a outras operadoras de saúde, no prazo de 30 dias, para proteção dos consumidores e usuários.

Segundo o advogado especialista na área de saúde, Júlio Moraes, os cerca de 40 mil beneficiários paulistas da Unimed Rio que, em 2013, comprou a carteira dos planos familiares e individuais da Golden Cross em São Paulo, enfrentam dificuldades de atendimento, pois a rede credenciada de médicos, laboratórios e hospitais foi drasticamente reduzida sem que houvesse a reposição dos mesmos serviços de igual qualidade técnica, como determina o artigo 17 da Lei 9.656/98 (Lei dos Planos de Saúde).

“Caso até o dia 4 de novembro a Unimed Rio não apresente um plano satisfatório de recuperação financeira para a ANS e resolva o problema da falta de atendimento da sua minguada rede credenciada em detrimento dos seus usuários, principalmente em São Paulo, a ANS poderá tomar medidas regulatórias e determinar, assim como o fez em setembro de 2015 com a Unimed Paulistana, a alienação compulsória da sua carteira de clientes”, explica Moraes.

Seja qual for o desfecho do caso, os beneficiários da Unimed Rio têm o direito de exigir, dela ou de uma nova operadora de saúde indicada pela ANS, ou se preciso, na Justiça, as garantias da manutenção da mesma rede credenciada primitiva, do mesmo valor da mensalidade atual e de isenção de carência.