A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reafirma o seu compromisso de disseminar e apoiar as ações de combate e a prevenção ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, chikungunya e zika, que pode causar microcefalia em bebês. Por isso, reforça a necessidade de alerta contínuo e mobilização contra o mosquito e eliminação de seus criadouros. Na terça-feira (20/12), a ANS publicou em seu portal na internet uma página específica para divulgar informações sobre prevenção e combate ao Aedes aegypti e as doenças transmitidas e/ou relacionadas ao mosquito. O material segue as orientações e diretrizes do Ministério da Saúde.

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Levantamento do órgão, realizado em conjunto com os municípios brasileiros, aponta que 855 cidades encontram-se em situação de alerta e risco de surto de dengue, chikungunya e zika. Isso representa 37,4% dos municípios pesquisados. Os dados fazem parte do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2016. Realizado em outubro e novembro, trata-se de um instrumento fundamental para o controle do mosquito Aedes aegypti.

Neste ano, a campanha publicitária do governo federal traz o seguinte mote: “Um simples mosquito pode marcar uma vida – um simples gesto pode salvar”. O objetivo é fortalecer a mensagem de que é melhor eliminar o foco do mosquito do que sofrer as consequências da doença. É uma luta que precisa do envolvimento de todos os setores da sociedade.

Dados do LIRAa

DENGUE – O Brasil registrou, até 22 de outubro, 1.458.355 casos de dengue. No mesmo período de 2015, esse número era de 1.543.000 casos, o que representa uma queda de 5,5%. Considerando as regiões do país, Sudeste e Nordeste apresentam os maiores números de casos, com 848.587 casos e 322.067 casos, respectivamente. Em seguida estão as regiões Centro-Oeste (177.644), Sul (72.114) e Norte (37.943).

O novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde apresenta 601 óbitos pela doença em 2016, contra 933 no mesmo período do ano anterior. Isso representa uma redução de 35,6% dos óbitos por dengue no país. Também houve redução nos casos de dengue grave (49,7%), que passou de 1.616 casos no ano passado para 803 este ano, e nos casos com sinais de alarme a queda foi de 62%, passando de 20.352 casos para 7.730 registros em 2016.

CHIKUNGUNYA – No país, foram registrados 251.051 casos suspeitos de febre chikungunya, sendo 134.910 confirmados. No mesmo período, no ano passado, eram 26.763 casos suspeitos e 8.528 confirmados. Ao todo, 138 óbitos foram registrados pela doença, nos estados de Pernambuco (54), Paraíba (31), Rio Grande do Norte (19), Ceará (14), Bahia (5), Rio de Janeiro (5), Maranhão (5), Alagoas (2), Piauí (1), Amapá (1) e Distrito Federal (1). Os óbitos estão sendo investigados pelos estados e municípios mais detalhadamente, para que seja possível determinar se há outros fatores associados com a febre, como doenças prévias, comorbidades, uso de medicamentos, entre outros. Atualmente, 2.281 municípios brasileiros já registraram casos da doença.

ZIKA – Até 22 de outubro, foram registrados 208.867 casos prováveis de febre pelo vírus Zika em todo o país, o que representa uma taxa de incidência de 102,2 casos a cada 100 mil habitantes. Em 2016, foram confirmados laboratorialmente, três óbitos por vírus Zika no país e, em relação às gestantes, são 16.696 casos prováveis em todo o país. A região Sudeste teve 83.884 casos prováveis da doença, seguida das regiões Nordeste (75.762); Centro-Oeste (30.969); Norte (12.200) e Sul (1.052). Considerando a proporção de casos por habitantes, a região Centro-Oeste fica à frente, com incidência de 200,5 casos/100 mil habitantes, seguida do Nordeste (133,9); Sudeste (97,0); Norte (69,8); e Sul (3,6).

(Fonte: Portal da Saúde do Ministério da Saúde)

Exames e procedimentos cobertos pelos planos de saúde

Dengue

Tanto os testes rápidos como a sorologia Elisa (IgG e IgM) têm cobertura obrigatória prevista no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. Além desses, outros exames complementares também podem ser utilizados para o diagnóstico da dengue e são cobertos pelos planos, como: hemograma, contagem de plaquetas, prova do laço, dosagem de albumina sérica e transaminases, além de radiografia de tórax, ultrassonografia de abdome e outros exames, conforme necessidade (glicose, ureia, creatinina, eletrólitos, gasometria, TPAE e ecocardiograma).

Chikungunya

A sorologia Elisa (IgG e IgM) têm cobertura obrigatória prevista no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.

Zika

Os exames devem ser assegurados para gestantes, bebês filhos de mães com diagnóstico de infecção pelo vírus e recém-nascidos com malformação congênita sugestiva de infecção pelo zika. Os exames previstos são o PCR (Polymerase Chain Reaction), para detecção do vírus nos primeiros dias da doença; o teste sorológico IgM, que identifica anticorpos na corrente sanguínea; e o IgG, para verificar se a pessoa já teve contato com zika em algum momento da vida.

Tratamento

O tratamento para essas doenças – dengue, chikungunya e zika – é clínico e baseia-se no controle dos sintomas das doenças e também é coberto pelos planos de saúde.