Os programas de medicina preventiva podem ser implantados em diversos modelos, conforme a necessidade e os objetivos da operadora de saúde. Dentre esses modelos, um dos mais eficazes é o uso de atividades educacionais na prevenção de doenças.

Nestas atividades, profissionais de saúde ouvem e educam pequenos grupos de pessoas a respeito de hábitos considerados saudáveis, tais como higiene pessoal e ambiental, alimentação adequada, abandono do sedentarismo, do tabagismo, entre outros tópicos ligados à medicina preventiva.

Em especial, as atividades educacionais na saúde têm importância fundamental para prevenção e tratamento das enfermidades crônicas, como doenças cardiovasculares, câncer e diabetes. Não é possível controlar essas doenças se os pacientes não forem instruídos a adotar novos hábitos e a entender melhor os princípios em que se baseiam seu tratamento.

Um dos maiores desafios dos profissionais de saúde é manter a adesão de indivíduos com doenças metabólicas e cardiovasculares crônicas, que oferecem resistência a mudanças de hábitos e de alimentação. Muitas vezes essa resistência é decorrente da falta de conhecimento sobre a doença.

Benefícios das atividades educacionais na prevenção de doenças

Quando a operadora, seja atuando no ambiente hospitalar ou dentro de empresas e outras instituições, disponibiliza ambientes para troca de experiências, o compartilhamento de dúvidas e conhecimentos acaba beneficiando tanto os participantes dos programas quanto os próprios profissionais de saúde envolvidos.

Utilizar atividades educacionais na prevenção de doenças também contribui para que sua operadora possa conhecer melhor os participantes dos programas e em qual estágio eles estão. Assim as etapas seguintes terão mais engajamento, pois atenderão melhor as expectativas dos beneficiários.

No caso de pacientes hipertensos ou diabéticos, por exemplo, a participação em grupos de orientação ajuda a garantir a manutenção do tratamento correto e ininterrupto. Além de aumentar a adesão dos pacientes aos cuidados necessários para o controle destas doenças, tais ações servem ainda para esclarecer sobre a utilização correta de medicamentos e para orientar mudanças de hábitos nutricionais e de atividade física.

Dicas para organizar ações de educação em saúde

Segundo estudiosos da área, a prática da educação em saúde busca desenvolver nas pessoas juízo crítico e capacidade de intervenção sobre suas vidas e sobre o ambiente com o qual interagem. A participação ativa do indivíduo é a única solução eficaz no controle de muitas doenças crônicas e na prevenção de suas complicações.

Por isso, as informações e orientações devem ser expressas de maneira clara e sem restrições, de forma a garantir boa compreensão pelos sujeitos para que os objetivos e metas sejam alcançados.

Para que as ações sejam mais assertivas, é importante dividi-las em grupos de acordo com o público-alvo. Isso evita que determinadas pessoas participem de trabalhos que não as interessam. De nada adianta colocar homens em palestras sobre câncer do colo do útero, por exemplo, pois esse assunto não tem tanta relevância para eles.

Ainda com relação ao público-alvo destas ações, uma atenção especial deve ser dada ao oferecer atividades educacionais sobre prevenção de doenças para crianças. Devemos ter cuidado ao direcionar as informações diretamente a elas, pois muitas vezes pode haver dificuldade em compreender certos assuntos que exigem mais maturidade. Não há dúvidas de que vale a pena investir nas ações de promoção da saúde infantil, mas alguns conteúdos devem ser direcionados aos pais ou responsáveis, que poderão colocar em prática aquilo que aprenderem.

Outro ponto a ser observado é a capacidade do profissional de saúde nos processos educativos. É preciso selecionar muito bem as pessoas que vão orientar estes grupos e apresentar os conteúdos, pois certos profissionais podem dominar muito bem o conhecimento na prática e não conseguirem transmiti-lo de forma eficiente para um público mais leigo.

Uma boa ideia é capacitar estes profissionais com algumas ferramentas didáticas para obter resultados melhores ao usar atividades educacionais na prevenção de doenças.