O mercado de odontologia suplementar apresentou, em 2016, de acordo com levantamento de mercado da Aon – consultoria em gestão de riscos, benefícios e capital humano, corretora de seguros, seguros massificados e ressegurosum aumento de 2,6% em número de beneficiários assistidos, mesmo com projeções macroeconômicas pessimistas. Conforme números apresentados pela ANS, o setor apresentou até setembro um crescimento de 0,66%, atingindo cerca de 22 milhões de beneficiários.

O benefício continua com grande potencial de crescimento, pois é muito valorizado pelas empresas para atração e retenção de talentos, com baixo impacto na folha de pagamentos. Além disso, apenas 11% da população brasileira tem acesso ao plano odontológico, em comparação aos 25% de penetração dos planos de saúde.

Algumas regiões do País possuem oportunidades de desenvolvimento ainda maiores, como, por exemplo, a região Sul, com apenas 7,96% da população coberta, e a região Nordeste, com 7,94%.

Eliane Santoro, gerente de odontologia da Aon Brasil, explica que com índices negativos, como a variação do PIB em -3,5% e a taxa de desemprego em 11,8% no trimestre encerrado em novembro pode-se dizer que o setor se diferencia dos demais, onde operadoras têm que se reinventar para conduzir os reajustes e renovações de contratos com clientes que possuem o benefício, mantendo-os dentro das expectativas e limitações financeiras.

“Para o ano de 2017, as perspectivas do setor indicam que será um período de crescimento gradativo e moderado”, afirma Eliane. Segundo a especialista, cabe às empresas escolher o melhor desenho para as apólices dos planos odontológicos, levando em conta a disponibilidade de budget, nível sócio econômico dos colaboradores e a distribuição geográfica das vidas.

Outro fator que aponta para a capacidade de ampliação do setor no País é o fato do plano odontológico ser o terceiro mais solicitado pelos colaboradores das empresas.  E, por tratarem-se, em sua maioria, de contratos de livre adesão, muitas empresas são apenas intermediárias na implantação do benefício, não sendo responsáveis pelo custeio do mesmo. Neste momento, em que as instituições estão preocupadas em conter gastos, é uma ótima saída.