A saúde suplementar registrou em 15 anos uma queda de 42% no numero de operadoras ativas no mercado, segundo estudo técnico elaborado pela Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge).

Segundo o relatório da associação liberado na sexta-feira (21/10), em 2000, ano em que a Agência Nacional de Planos de Saúde (ANS) foi criada, havia 1.456 players em funcionamento no País. Em 2015, porém, este número já era de apenas 843 empresas. “Em outras palavras, nos últimos 15 anos, 615 operadoras desapareceram”, disse a Abrange, em comunicado. Segundo o relatório, as principais dificuldades que levaram as operadoras a deixar o mercado foram disponibilização de vultosas somas de capital; ganhos de escala; necessidade de diluir o risco; dependência de progresso tecnológico e diversas outras barreiras à entrada de novos players no mercado, como o desenvolvimento de redes de atendimento, observância de normas e obtenção de autorização prévia da ANS.

“Os reflexos deste cenário é o aumento da concentração do mercado na mão de grandes empresas, dificuldade de especialização (ex. empresas focadas no atendimento a idosos) e o surgimento de operadoras de âmbito regional”, diz a Abramge.

Resultado negativo

“O resultado dessa conjuntura desfavorável”, relata o estudo da associação, “é a situação de total insolvência que um número importante de operadoras enfrenta”.

Segundo o estudo, quase 70 operadoras de planos de saúde encerraram o ano de 2015 com patrimônio líquido negativo, dentre elas 55 operadoras de pequeno porte, 10 de médio porte e 4 de grande porte.

Para se ter uma ideia, em 2007 e 2010, nenhuma das operadoras de grande porte se encontravam em situação de patrimônio líquido negativo.