No dia 20 do mês passado, comentamos o uso crescente de novas tecnologias, especialmente das relacionas à telessaúde, em função da disseminação do Coronavírus ao redor do mundo.

A tendência é algo, a nosso ver, inevitável e que tende a se intensificar. Até mesmo no Brasil, onde a questão e o uso do recurso não estão totalmente pacificados, começam a surgir iniciativas neste sentido.

A seguradora SulAmérica, por exemplo, anunciou que seus segurados passam a contar com consultas por vídeo e por ligações telefônicas de forma irrestrita durante este período de disseminação da doença, como mostra a coluna Painel S/A , do jornal Folha de S.Paulo.

Claro, a própria estrutura tecnológica ainda é um desafio para um País de dimensões continentais como o Brasil. Mas estamos caminhando neste sentido, com novos dispositivos sendo lançados e outros ganhando atualizações. O professor Chao Lung Wen, da Universidade de São Paulo (USP), deu uma aula sobre a questão durante o seminário “Transformação Digital na Saúde”  – assista.

Além disso, a prática e o ensino da medicina também podem ser empecilhos para a celeridade desta transformação, com profissionais de gerações anteriores tendo outros hábitos e técnicas. Neste sentido, a atuação de entidades de classe e outros órgãos é fundamental. Para se ter ideia, o Código de Ética Médica passou a fazer referência à “Telemedicina” apenas em 2019. O que revela que ainda temos muito a avançar.

O importante é ter em mente que a telessaúde não desumaniza a prática médica, assim como o atendimento presencial não significa humanização. Estas questões estão diretamente relacionadas à postura do profissional e sua formação.