Na Holanda, sistemas avançados de Enterprise Service Management (ESM) estão fazendo a ponte com o paciente, inserindo-o no sistema de gestão. Em alguns hospitais, os pacientes têm acesso ao sistema de Central de Serviços nos leitos e podem fazer solicitações por meio dos tablets quando precisam de algum reparo no quarto, como um ar-condicionado quebrado, a televisão que parou de funcionar, solicitação de dieta específica, e demais tarefas que antes ocupavam desnecessariamente o curto tempo dos profissionais de saúde.

Não é à toa que o sistema de saúde holandês está entre os 3 melhores na lista da Euro Health Consumer Index (EHCI) desde 2005, e é considerado o 3º melhor do mundo pela Commonwealth Fund. A Holanda também é líder na documentação digital e na automação de tarefas de acordo com o Business Digitalisation in Europe Outlook 2019.

Esses resultados refletem a boa gestão da saúde e a adoção de novas tecnologias como parte da Transformação Digital (TD) desse setor. A TD nada mais é do que um processo de modernização através da tecnologia digital que tem como objetivo solucionar problemas tradicionais como a gestão do atendimento, o monitoramento do paciente após sair do hospital ou até mesmo os cuidados preventivos em pacientes de risco, citando alguns dos gaps na saúde.

Os últimos devices lançados na CES 2020, feira mundial de inovações tecnológicas, são uma prévia de como a tecnologia está avançando para facilitar a nossa vida em todos os aspectos. Desde robôs que te ajudam a cuidar da saúde, espelhos que medem o PH da pele, escova de dente inteligente que te dá dicas de uma melhor escovação, até dispositivos que indicam suas taxas e alertam quando algo não está como esperado.

Os investimentos diretos em Transformação Digital devem somar US$ 6,3 trilhões no triênio 2018–2020, com cerca de 50% das empresas comprometidas com iniciativas de TD, segundo a International Data Corporation (IDC). Isso mostra que a Transformação Digital vai além de um diferencial competitivo, passando a ser uma necessidade de gestão.

Principalmente em organizações que não param, como os hospitais, onde é necessário manter vários departamentos, como farmácia, laboratório, cozinha e demais serviços funcionando 24 horas o ano inteiro, a automação e proficiência dos serviços é uma exigência para atender adequadamente às expectativas dos clientes.

Com recursos tecnológicos adequados é possível ter acesso a indicadores para a tomada de decisão mais inteligente, melhor suporte para visão estratégica, otimização de tempo no atendimento, predição de ocupação de leitos, acompanhamento médico digitalizado, interoperabilidade entre departamentos, entre outros diferenciais que a tecnologia oferece.

Seja em casa ou no meio corporativo, na gestão ou no atendimento básico, a tecnologia está tomando espaço e vem fazendo uma melhoria contínua na maneira como vivemos, como nos organizamos e como cuidamos de nossa saúde. Ao que se percebe, os caminhos para o futuro da saúde já estão traçados e prometem, sobretudo, uma qualidade de vida muito superior a que temos hoje.