Autoridades da Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, pela sigla em inglês) e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos concederam entrevista coletiva nesta terça-feira, na qual voltaram a enfatizar que os casos de coágulos em pessoas que receberam a vacina contra a covid-19 da Johnson & Johnson (J&J) são raros. De qualquer modo, disseram que a pausa determinada mais cedo na aplicação do imunizante permitirá uma revisão sobre sua segurança.
“Os casos de coágulos com as vacinas da J&J são muito raros, mas temos de ter cautela”, afirmou Peter Marks, diretor do Centro para Avaliação e Pesquisa Biológica do FDA. Segundo as autoridades, deve haver uma atualização sobre o caso nos próximos dias, a depender do que a revisão encontre, mas não foi estabelecido um prazo exato para isso.
Houve seis casos de coágulos, em mais de 6,8 milhões de doses já aplicadas da vacina da companhia. Segundo as autoridades da saúde, aparentemente houve uma resposta imune muito rara nesses casos, para gerar esses coágulos. Elas também compararam o episódio ao ocorrido com alguns pacientes que receberam o imunizante contra a covid-19 da AstraZeneca. Nem todas as pessoas que tiveram coágulos tinham alguma doença pré-existente, comentaram também.
A vice-diretora do CDC, Anne Schuchat, enfatizou a importância de que as pessoas que estão programadas para receber as demais vacinas contra o vírus aplicadas nos EUA mantenham seus cronogramas. Segundo o FDA, a pausa no uso da vacina da J&J não deve afetar cronograma de vacinação geral do país, com “pouco ou nenhum” impacto – a Casa Branca tampouco previu grandes problemas por isso.
Questionado, o FDA lembrou que foi feita uma recomendação, mas que ainda assim fornecedores de saúde locais e pacientes podem conversar e optar por usar a vacina da J&J, nesse período até a atualização sobre o caso.