Conforme divulgado na última semana, houve redução no número de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares. Os números da NAB mostram queda de 0,3% no período de 12 meses encerrado em maio deste ano. No total, o segmento volta a ficar abaixo dos 47 milhões de beneficiários, alcançado no último ano após sucessivas perdas.

Esses dados refletem a queda da atividade econômica causada pela forte crise na saúde em função do novo Coronavírus. No início da pandemia, em fevereiro e março, houve mais adesões do que cancelamentos aos planos médico-hospitalares. Entretanto, em abril e maio deste ano, esse segmento de planos perdeu 283 mil beneficiários, o que pode ser um resultado do crescimento do número de demissões, fechamentos de empresas ou ainda da perda de poder aquisitivo.

A publicação mostrou que exceto a modalidade de planos coletivos por adesão, todas as demais registraram queda tanto na análise trimestral quanto anual. Os 38 mil novos vínculos representam alta de 0,6% na variação de 12 meses. A Análise Especial da NAB, portanto, resolveu acompanhar e investigar os dados desse tipo de contratação.

Verificou-se que o crescimento do número de vínculos em planos coletivos por adesão foi influenciado pelo aumento de jovens até 18 anos e beneficiários com mais de 59 anos de idade, em medicinas de grupo e cooperativas médicas na segmentação Hospitalar e Ambulatorial.

A análise mostra como os resultados apresentam os primeiros sinais de alerta do impacto da atividade econômica nas contratações de planos coletivos por adesão agora e no futuro. Em uma investigação mês a mês, nota-se que em maio de 2020 houve mais cancelamentos (106,7 mil) do que adesões (95,8 mil) a planos de saúde coletivos por adesão, resultando em um saldo negativo de 10,9 mil beneficiários.

Embora o número de beneficiários em planos coletivos por adesão viesse apresentando tendência de crescimento entre setembro de 2019 e abril deste ano, o mês de maio de 2020 foi marcado pelo menor número de novos vínculos dos últimos doze meses – 95,8 mil contra uma média de 123,5 mil. O que demonstra uma desaceleração da economia como um todo e um alerta para o futuro do setor de saúde suplementar nos próximos meses.