“O modelo vigente no Brasil foca o tratamento da doença, e não a prevenção. É necessário mudar essa cultura. As operadoras investem em prevenção e precisam contar com apoio dos empregadores e, principalmente, dos beneficiários para garantir eficiência nos resultados”. Com essa mensagem, o superintendente de regulação da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Sandro Leal, reforçou a necessidade de mudança no modelo assistencial de cuidado à saúde no Brasil, durante o 2º Congresso de Saúde Suplementar, que teve como tema ‘A Saúde Suplementar do Futuro – Impacto Econômico e Sustentável’, realizado em 17/09, em São Paulo. O evento foi organizado pelo INLAGS (Instituto Latino Americano de Gestão em Saúde).

Com o debate sobre ‘A Regulação do Setor – responsabilidade das entidades nos cenários para promoção e prevenção’, Leal aproveitou a oportunidade, em meio a diferentes pontos de vista, para dialogar em busca de consensos e soluções. “Defendemos maior flexibilidade para as operadoras desenharem produtos com incentivos adequados. Não há regra padrão. Cada operadora juntamente com seu contratante tem que ter liberdade para desenhar o produto que atenda da melhor forma as necessidades da população com os estímulos corretos para a saúde das pessoas”, enfatizou.

 De acordo com o Leal, o papel da FenaSaúde e demais entidades é apoiar e estimular que as operadoras adotem programas de promoção à saúde e prevenção de doenças. “A disponibilidade de informações, por exemplo,  vai melhorar tanto o acompanhamento dos programas estimular novas adesões. Afinal, o beneficiário é o grande responsável pelos hábitos que cultiva e estes respondem por quase metade do seu estado de saúde”, destacou.

Além do superintendente da FenaSaúde, o debate contou com a participação de Ana Elisa Siqueira, presidente do Conselho Asap (Aliança para a Saúde Populacional); Daniel Pereira, diretor-adjunto da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e Paulo Marcos Souza, conselheiro e cofundador do INLAGS, que mediou o debate

 O evento

A segunda edição do Congresso de Saúde Suplementar reuniu diversos representantes do setor com o objetivo de promover o diálogo, à troca de experiências e ao desenvolvimento de novas redes de relacionamento entre os principais players do setor.

O encontro contou com a presença de gestores de instituições e de planos privados de saúde para debater o aumento da produtividade, a redução de custos, a melhoria de qualidade e criar, cada vez mais, segurança para que o setor possa prosperar com uma expectativa de sustentabilidade, discutindo temas como o papel do RH e das lideranças na promoção e prevenção em saúde, modelos de atenção primária em hospitais, medicina diagnóstica, iniciativas de mercado e mudanças imediatas em saúde baseada em valor, gestão eficiente da população e regulação do setor.