Já está disponível a 39° edição do Boletim “Conjuntura Saúde Suplementar”. A publicação traz uma análise das variáveis socioeconômicas relevantes ao desempenho do setor de saúde suplementar e da economia nacional referentes ao 3° trimestre de 2018, analisando seus desdobramentos para o segmento.

Como destaque, a nova edição faz um comparativo do desempenho do mercado de trabalho e do número de beneficiários de planos coletivos empresariais. Segundo o boletim, a taxa de desocupação – que mede o desemprego – atingiu 11,9% no 3° trimestre de 2018, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE). O trimestre anterior havia marcado 12,4%.

Esta queda, contudo, não significou alta no número total de pessoas com carteira assinada (setor privado + setor público + trabalhador doméstico), que apresentou um leve crescimento de 0,3% com relação ao 2° trimestre do ano. Na comparação de doze meses, houve queda de 0,9% do número total de trabalhadores com carteira assinada. Na mesma base comparativa, o aumento dos trabalhadores sem carteira assinada no setor privado foi de 5,5% enquanto o mercado de trabalho privado formal apresentou queda de 1%. Além disso, o aumento dos trabalhadores por conta própria foi de 2,6%.

Não é novidade falar que o mercado de planos de saúde está diretamente relacionado com o emprego formal no país. Para se ter uma ideia, a contratação de planos de saúde coletivos empresariais representou 66,9% do total de beneficiários em outubro de 2018. Logo, o aumento da informalidade no mercado de trabalho como consequência da instabilidade nacional fez com o que brasileiros perdessem seu emprego com carteira assinada e, consequentemente, diversos benefícios, sendo o plano de saúde o mais importante.

Portanto, enquanto não houver um movimento sólido de retomada dos empregos formais nos setores de comércio, serviço e indústria – que costuma oferecer esse benefício aos colaboradores – não iremos perceber uma retomada efetiva de crescimento do setor e recuperação dos beneficiários da saúde suplementar perdidos nos últimos três anos.