Tratamento domiciliar é uma ótima alternativa para pacientes com baixa imunidade. Especialista explica formas de prevenção

Alterações do tempo como queda na temperatura, idade avançada, doenças crônicas, tratamentos imunossupressores e falta de vitaminas são alguns fatores que podem diminuir a nossa imunidade. Pacientes com imunodeficiência têm um sistema imune insuficiente para responder aos agentes agressores do organismo. Por isso, doenças infeciosas debilitam o estado geral mais rapidamente e mais gravemente, exigindo cuidados de prevenção redobrados. No presente momento, em que sair de casa pode nos expor ao contágio pela COVID-19 e outras doenças infectocontagiosas, o tratamento domiciliar é uma alternativa muito eficaz para proteger a saúde dessa população.

“A imunossupressão é uma diminuição da atividade do nosso sistema imunológico, de nossa proteção. Essa diminuição pode ser causada diretamente por uma doença (p.ex. doenças autoimunes, lúpus, câncer, etc. ) ou como efeito colateral de tratamentos medicamentosos como, por exemplo corticóides, quimioterápicos, imunobiológicos etc”, afirma Aline Pasiani, Coordenadora Médica da Lar e Saúde, uma das maiores prestadoras de serviço home care do Brasil.

Além de doenças que possuem origem no sistema imune, diversas outras condições podem diminuir a capacidade de defesa do corpo humano como medicamentos modificadores de doenças reumatológicas, imunossupressores para transplantados, quimioterápicos para o tratamento do câncer, altas doses de corticoterapia e doenças crônicas dos pulmões, rins e fígado.

Independente da causa, saber escolher a melhor forma de tratamento é fundamental para garantir a segurança do paciente, sobretudo em tempos de pandemia. “Para essas pessoas, seja qual for o motivo (exceto nas urgências e emergências) é arriscado romper o isolamento social. Analisando esse contexto, o tratamento domiciliar faz muito mais sentido. Elas estão no conforto de sua casa, com a presença dos familiares e se expõem muito menos a essas doenças infectocontagiosas que estamos sujeitos”, diz Aline.

É crucial que todos os cuidados básicos recomendados para a evitar a transmissão do novo coronavírus sejam seguidos rigorosamente. Lavar as mãos com água e sabão, higienizar e desinfectar as superfícies regularmente, usar máscara, evitar sair de casa sem necessidade e de ter qualquer contato com pacientes doentes, são as principais medidas.

Além disso, de acordo com a médica, é fundamental que pessoas que convivam com pacientes imunodeprimidos, também tenham esse controle. “O novo coronavírus ou qualquer outra doença infecciosa para pessoas saudáveis pode representar uma grave ameaça para alguém que possua um sistema de defesa falho. O cuidado com esse paciente começa dentro da própria família”, conclui.