Cuidar da saúde de modo mais amplo do que apenas passar por uma avaliação médica. É muito importante levar em consideração todas as dimensões da saúde: física, emocional e social e, para isso, ações de promoção de saúde e prevenção de doenças são fundamentais.

Atualmente, temos um sistema de assistência à saúde complexo. Claro que muito se avançou nos últimos anos, mas ainda existem falhas de comunicação e coordenação, o que resulta em um cuidado fragmentado, desperdícios, além da assistência estar focada no tratamento da doença, e não no indivíduo.

Quando um paciente é acompanhado por um profissional de referência, fica mais fácil identificar fatores de risco e a intervenção precoce. O cuidado coordenado consiste em um conjunto de medidas que visam trazer um atendimento mais direcionado.

Foi com isso em mente que o nosso “Texto para Discussão n° 78 – Cuidados Coordenados: uma chave estratégica para um melhor sistema de saúde suplementar” pretendeu mostrar como a prática pode aprimorar o setor, o potencial de integrar a prestação de cuidados assistenciais de um paciente aos diferentes prestadores e especialistas para um atendimento focado na pessoa. A publicação mostra como a coordenação pode melhorar os resultados para os pacientes, prestadores, planos de saúde e organizações.

Para tanto, traz algumas conceituações dessa modalidade e seus principais elementos:

  • Acesso fácil a uma ampla gama de prestadores e serviços de saúde;
  • Eficiência na comunicação, integração e transição contínua do cuidado entre os prestadores;
  • Foco nas necessidades do paciente;
  • Informações claras e simples para que os pacientes entendam;
  • Existência de meios e ferramentas para compartilhar informações.

Sendo assim, o TD mostra que existem três perspectivas sobre a coordenação de cuidados que vão da visão dos pacientes e suas famílias até a do representante do sistema de saúde, passando pela ótica dos profissionais de saúde.

O estudo ainda apresenta questões não clínicas muitas vezes esquecidas e que também podem afetar a qualidade do atendimento, como por exemplo, os determinantes sociais do paciente, insegurança alimentar, ambiente de trabalho, tipo de moradia, transporte para o deslocamento até o prestador ou farmácia, nível de alfabetização em saúde e a indisponibilidade de profissionais de saúde, plano de saúde, hospital e assistência social.

A publicação reforça que se esses pontos não forem abordados, podem representar graves lacunas no atendimento, levando a internações e desfechos não planejados.