O custo médico hospitalar aumentou 89,4% entre 2013 e 2017, aponta pesquisa recém divulgada pela União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas).

Enquanto isso, o valor da cobertura médica hospitalar saltou de R$ 3.107 (per capita ano) para R$ 5.855, De 2016 para 2017, a variação foi de 13,3%. Das internações, o maior gasto é com materiais, com cerca de 23% do todo. Seguido por medicamentos (17,2%), diárias (14,9%) e honorários (12,8%). Em números absolutos, somente os de autogestão movimenta recursos com as despesas assistenciais (sem custo administrativo) no montante aproximado de R$ 15 bilhões. O mercado de saúde suplementar como um todo compreende mais de R$ 130 bilhões por ano, valor maior que do sistema público (SUS).

“A necessidade de mudança é urgente. As autogestões, pelo seu perfil, investem em saúde preventiva, mas há ainda uma necessidade maior de controle. O valor gasto com internações evitáveis, fraudes e desperdício é de 25%”, diz o vice-presidente da UNIDAS e responsável direto pelo estudo, João Paulo dos Reis Neto.