A “Análise do Mapa Assistencial – Panorama da Odontologia Suplementar no Período da Pandemia de Covid-19”, apurada pelo IESS com base em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mostrou alguns dos impactos causados pelo coronavírus no setor. Em 2020, por exemplo, R$ 2,7 bilhões (valores nominais) foram gastos com assistência à saúde odontológica dos beneficiários. O montante foi 19% menor em comparação a 2019.

Do total apurado, as maiores despesas foram com procedimentos preventivos (R$ 407 milhões), seguido de consultas odontológicas iniciais (R$ 160 milhões), próteses odontológicas unitárias – coroa total e restauração metálica fundida (R$ 132 milhões), próteses odontológicas (R$ 106 milhões) e de exodontias simples de permanentes – 12 anos ou mais (R$ 39 milhões).

Vale ressaltar que as despesas de planos exclusivamente odontológicos têm características específicas, que, normalmente, têm custos assistenciais maiores no início do período contratual. Isso acontece porque muitos beneficiários não têm histórico de cobertura anterior, ocasionando uma demanda reprimida no setor. Já entre planos médico-hospitalares, por exemplo, as despesas aumentam de acordo com a idade dos beneficiários.

Outra diferença entre os segmentos é que, na odontologia, as novas tecnologias não costumam impactar os gastos das operadoras, bem como tratamentos de custos elevados e ocorrências imprevisíveis são menos recorrentes em comparação aos planos médico-hospitalares. Por fim, a idade é um fator que também influencia no perfil de patologia e tratamentos, porém pouco afeta os custos, e a demanda por diagnósticos clínicos são de menor custo.