O Ministério da Saúde tem aberto um amplo debate nacional a respeito da criação de novas modalidades de planos de saúde. A grande repercussão é justificável, pois, vale lembrar, pesquisa realizada pelo Ibope a nosso pedido constatou, no ano passado, que ter um plano é o terceiro maior desejo do brasileiro, atrás apenas de educação e da casa própria. Veja aqui a pesquisa.

De acordo com o levantamento, realizado em oito capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Manaus, Recife, Salvador e Brasília), 74% dos entrevistados que não têm um plano de saúde gostariam de possuir o benefício. Além disso, 86% dentre os não beneficiários consideram o plano “importante ou muito importante”.

A principal justificativa para o desejo de contar com o plano, apontada por 84% dos entrevistados que não possuem o plano, é a qualidade do atendimento, avaliado como rápido e com ótimo atendimento tanto dos médicos quanto dos hospitais. Além disso, 30% de quem não conta com o benefício consideram a saúde pública precária e não gostariam de ter de depender do SUS. No total, 95% dos brasileiros (beneficiários e não beneficiários) consideram a posse de plano de saúde “essencial”.

O levantamento do Ibope/IESS ainda indica quais os principais motivos para brasileiros não contarem com o benefício: a falta de condições financeiras, 74% dos entrevistados; outros 13% afirmam não ter plano de saúde porque perderam o benefício ao serem desligados das empresas onde trabalhavam ou porque a empresa atual não o oferece.

Sem entrar no mérito da proposta do Ministério da Saúde, não resta dúvida de que o plano de saúde está no centro da atenção dos brasileiros e, portanto, é natural o amplo debate em torno do tema.