Cerca de 788 mil pessoas perderam o plano de saúde nos primeiros cinco meses deste ano, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em todo o ano passado, pouco mais de 1 milhão pessoas ficaram sem o convênio médico, principalmente, devido ao aumento na taxa de desemprego.
Segundo a Abramge, associação das operadoras de planos de saúde, a previsão é que o setor perca 3 milhões de usuários de planos de saúde no período entre 2015 e 2016.
Muitas empresas mantêm o benefício por seis meses até dois anos após a demissão do funcionário e em diversos casos esse prazo adicional termina em 2016.
Os cinco maiores grupos de planos de saúde — Bradesco, Amil, Hapvida, SulAmérica e Notre Dame Intermédica — registraram crescimento de menos de 1% no número de usuários no mês de maio, quando comparado a abril.
Essas cinco operadoras representam 27% do setor que tem 48,6 milhões de usuários, de acordo com dados do acumulado dos cinco meses da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Um dos destaques foi a operadora São Francisco Saúde, do interior de São Paulo, que cresceu 16,21% entre maio e abril deste ano. A operadora tem 455,6 mil usuários e atua com o público intermediário. Uma das apostas da São Francisco é que, em um cenário de crise econômica, as empresas migram para um convênio médico mais barato.