Como se sabe, o segmento de saúde suplementar é complexo, envolve diferentes agentes, serviços e prestadores de serviços. Exatamente por essa pluralidade, é que se faz necessária cada vez maior conjunção dos diferentes implicados em prol do aperfeiçoamento dessa cadeia. Com isso em mente, realizamos eventos periódicos reunindo especialistas nacionais e internacionais para debater e viabilizar alternativas e ferramentas para a saúde privada brasileira, como você pode conhecer aqui.

Foi com esse mesmo objetivo que a Federação Nacional da Saúde Suplementar (FenaSaúde) realizou hoje (23) o 3º Encontro de Comunicação da Saúde Suplementar, em São Paulo, que reuniu especialistas e profissionais de comunicação. O tema do evento foi justamente um dos assuntos que mais temos abordado nas últimas semanas: a Atenção Primária à Saúde (APS).

“Pessoas são complexas e todos precisamos ver o indivíduo em seu aspecto mais amplo. Não apenas a doença”, apontou Gustavo Gusso, professor de Clínica Geral e Propedêutica da Universidade de São Paulo (USP). Para o especialista no tema, a APS é um modelo eficiente na prevenção de doenças e promoção à saúde. “A vantagem de se conhecer o paciente previamente e em sua completude é enorme. Os estudos mostram que os países com menor índice de atenção primária são aqueles que tem enfrentado os maiores índices de escaladas do custo, como os Estados Unidos. Sabemos que não é mera coincidência”, conclui.

O evento ainda contou com debates entre jornalistas, assessores de Comunicação, gestores e tomadores de decisão no setor de saúde suplementar abordando os vários aspectos que norteiam a APS dentro do contexto brasileiro e mundial. “O modelo de assistência brasileiro segue fragmentado e voltado apenas para o tratamento da doença, não envolvendo os demais aspectos da vida do paciente e o acompanhamento nos diversos momentos da vida”, comentou João Alceu Amoroso Lima, presidente da FenaSaúde, na abertura.

O ciclo de debates ainda contou com a participação de José Cechin, diretor executivo da FenaSaúde; Rodrigo Aguiar, diretor de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional da Saúde Suplementar; Ricardo Morishita, professor de Direito do Consumidor e presidente do Instituto Brasiliense de Direito Púbico (IDP Pesquisas); Juliana Pereira, diretora executiva de Clientes da Qualicorp e ex-secretária da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon); Sandro Leal, superintendente de Regulação da Federação; e Fernando Pesciotta, vice-presidente da CDN Comunicação Corporativa.