O preço dos planos de saúde vem afastando clientes. O setor perdeu 133,3 mil vínculos no último ano. Os planos de saúde coletivos, que representam quase 70% da carteira do país, devem ficar 17% mais caros em média este ano, o aumento previsto é quase quatro vezes mais alto do que a inflação acumulada nos últimos 12 meses. Para debater o tema, Correio Debate Saúde Suplementar, Consumo e Sustentabilidade, reunirá especialistas, na próxima quarta-feira (25/9), no auditório do jornal.
O diretor-adjunto de Normas e Habilitação dos Produtos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Mauricio Nunes da Silva, que participará de um dos painéis, explicou que o cálculo de aumento é complexo. “Os reajustes de planos não variam meramente pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Outros dois fatores impactam e têm peso forte nesse custo: a frequência de utilização e novas tecnologias”, diz. “Não é só em relação ao procedimento, mas a frequência de utilização também impacta. Mesmo com a redução do preço, se as pessoas usarem mais de um ano para outro, aumentam os custos. A incorporação de novas tecnologias também reflete no preço”, explica.