Cerca de 80% dos beneficiários estão satisfeitos com os serviços oferecidos pelos planos de saúde no País. Esse é um dos principais resultados de pesquisa realizada pelo IBOPE em parceria com o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), divulgada esta semana. O levantamento ouviu 3,2 mil pessoas entre os dias 29 de abril e 17 de maio de 2019. Essa é a terceira edição do estudo, realizado desde 2015. O índice de satisfação com os serviços é o mesmo registrado no levantamento de 2017 e superior ao de quatro anos atrás.

A diretora-executiva da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), Vera Valente, destacou a importância dos planos de saúde para a população brasileira. “A pesquisa mostra, mais uma vez, que quem tem plano de saúde privado se sente satisfeito e bem atendido. O desafio é criar mecanismos, baseados na lei, que permitam que muito mais pessoas possam ter seu plano, seja individual, seja coletivo, com maior acesso à saúde de qualidade”, afirmou.

A aprovação aos serviços aumenta à medida em que são utilizados. Do total de beneficiários que precisaram de internação nos últimos 12 meses, 83% se sentiram muito satisfeitos ou satisfeitos.

A taxa de recomendação é também bastante alta, chegando a 80%. E o desejo de continuar com a contratação do serviço aumenta de acordo com a idade, saltando de 60%, para aqueles com menos de 35 anos, para 74% entre os que têm mais de 65 anos.

A percepção de qualidade do serviço vem crescendo. O atendimento é o principal motivo de satisfação com os planos de saúde para 55% dos entrevistados, ante 24% registrados na pesquisa de 2015. Em relação aos canais de atendimento, 75% consideraram que as informações obtidas foram suficientes.

A pesquisa também mostra como a oferta do benefício de um plano de saúde influencia a decisão de aceitar ou não uma nova oportunidade de trabalho. A quase totalidade dos entrevistados (97%) indicou que é muito importante que as empresas ofereçam planos de saúde aos seus colaboradores.

O desemprego é a principal razão alegada pelos entrevistados para deixar de utilizar os serviços dos planos de saúde. “O acesso a um plano de saúde privado está diretamente relacionado a emprego e renda”, disse Valente. “Como não temos perspectivas de geração expressiva de novos empregos no curto e médio prazo, é importante buscarmos caminhos de viabilidade para a volta da oferta de planos individuais”, alertou. Segundo a pesquisa, essas novas alternativas poderiam atender a 73% dos entrevistados que hoje não contam com um plano de saúde, mas gostariam de contratar o serviço.