O Conselho de administração da operadora de saúde cearense Hapvida anunciou a realização de oferta pública de distribuição primária e secundária, com lote de 133,3 milhões de ações ordinárias. Há ainda a possibilidade de um lote adicional de 46,6 milhões de ações. O anúncio foi feito em comunicado a investidores na noite do domingo, dia 11. Com esse movimento, a Hapvida pode levantar entre R$ 2 bilhões e R$ 2,7 bilhões.

De acordo com comunicado, a oferta consistirá na distribuição pública primária de, inicialmente, 100 milhões de novas ações e distribuição pública secundária de, inicialmente, 33, 3 milhões ações de titularidade dos acionistas vendedores (Oferta secundária base e ações da oferta secundária base, respectivamente), com esforços restritos de colocação, no Brasil, em mercado de balcão não organizado.

A oferta, voltada apenas a investidores institucionais, está sendo coordenada pelos bancos e corretoras BTG Pactual, Bank of America (BofA), Itaú BBA, XP, Credit Suisse e Citigroup.

Até a conclusão do processo de consulta de interesse com investidores, no chamado bookbuilding, a operadora informou que poderá aumentar a quantidade de ações inicialmente ofertada, a critério da Companhia e dos acionistas vendedores, em comum acordo com os coordenadores da Oferta, em até 35%. Ou seja, em até 46,6 milhões de ações.

No fato relevante, a Hapvida destacou que os recursos líquidos da oferta serão destinados para o investimento na estrutura atual da companhia e de companhias recém adquiridas e/ou em processo de fusão/aquisição, para o financiamento de potenciais fusões e/ou aquisições futuras que possam contribuir para a execução da estratégia de expansão para novos mercados. “Sendo que quaisquer recursos líquidos remanescentes serão utilizados para o fortalecimento da posição de caixa para a gestão ordinária de seus negócios”, destaca.e empresas recém adquiridas.

No último dia 29 de março, os acionistas da Hapvida e do Grupo Notre Dame Intermédica aprovaram a fusão das empresas. Agora, a confirmação da união das duas grandes do setor de saúde depende apenas de aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O negócio gera uma gigante de mais de R$ 100 bilhões em valor de mercado, com 300 clínicas, 70 hospitais, 8,3 milhões de usuários de convênio médico e mais de 5,2 milhões de beneficiários de plano dental.