Em estudo único realizado no país, a Planisa lança com periodicidade semestral, o Boletim de Indicadores de Custos de Hospitais Brasileiros. Participaram deste estudo 123 hospitais, conforme sua natureza jurídica: hospitais privados com fins lucrativos, privados sem fins lucrativos (filantrópicos) e Organizações Sociais de Saúde (OSS’s).

Os hospitais filantrópicos têm, em geral, custos mais baixos do que os privados com fins lucrativos e dos administrados por OSS’s. As unidades beneficentes consomem menos recursos em praticamente todos os doze itens pesquisados. Neste link é possível acessar a íntegra do Painel de Indicadores da Planisa, com dados referentes ao primeiro semestre de 2020. Já neste endereço estão disponíveis dados do ano de 2019.

As instituições filantrópicas são mais econômicas, por exemplo, com custos em diárias de pacientes em UTI Adulta e com custos na utilização do centro cirúrgico. Nas unidades UTI Neonatal e UTI Pediátrica, os hospitais privados com fins lucrativos são mais econômicos nos valores de diárias no conjunto dos hospitais analisados.

O diretor técnico da Planisa e especialista em gestão de custos hospitalares, Marcelo Carnielo, explica que algumas questões são importantes compreender, que justificam as variações de custos das diárias hospitalares, que são complexidade, ocupação e pessoal. Em hospitais que atendem pacientes mais complexos, o custo unitário da diária é maior do que em hospitais que atendem casos mais simples. Neste caso, o consumo de medicamentos e materiais hospitalares são os principais responsáveis no aumento destes custos.

Já em hospitais com grande volume assistencial que atendem próximo de sua capacidade instalada, o custo unitário é menor do que em hospitais que têm baixo volume de produção. “O custo fixo alto, normalmente presente nos hospitais, torna indispensável a utilização da capacidade instalada. Essa variável é a principal justificativa de custos unitários de diárias elevados nos hospitais; ao contrário do que imaginamos, temos muitos hospitais ociosos, principalmente os hospitais de pequeno porte, além de que os hospitais filantrópicos possuem isenções de encargos sociais que diminuem significativamente os custos da folha de pagamento, além de outras isenções”, fala Carnielo.