O Hospital da Luz (localizado na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo) e o Hospital Pasteur (localizado no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro) estão entre as cinco instituições privadas selecionadas para a segunda etapa do Projeto Parto Adequado, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). As unidades foram escolhidas devido ao sucesso na primeira fase desse trabalho, em que uma série de mudanças internas levaram à reversão em seus índices de parto natural: o Luz chegou a atingir 46% durante este ano, contra 24% no início do ano passado. Já o Pasteur saltou de 30%, em janeiro de 2015, para 51% em setembro de 2016. As duas instituições, que integram a iniciativa desde o seu lançamento, em abril de 2015, serão responsáveis por disseminar os protocolos de atendimento em relação ao parto normal para outros 15 hospitais paulistas e 15 cariocas.

Os dois hospitais superaram a meta inicial de 40% de aumento de nascimentos por parto normal, estabelecida pela ANS. Os índices dessas unidades foram bem além do aumento dos partos vaginais, como é o caso do Hospital da Luz, que também conseguiu reduzir em 17% suas internações na unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal.  No Hospital Pasteur, outro dado positivo foi a queda de 64% nos índices de complicações relacionadas ao parto.

José Luiz Cunha Carneiro, diretor do Hospital da Luz, explica que a segunda fase do projeto tem como proposta ampliar o alcance das ações em favor do aumento do parto normal no país. Serão 150 instituições em 10 diferentes localidades brasileiras nesse novo momento. O início das atividades está previsto para março de 2017, mesmo período em que os nomes das novas unidades hospitalares serão divulgados. “Vamos compartilhar com outros hospitais as melhorias em indicadores de saúde das gestantes e recém-nascidos alcançadas até o momento. Queremos contribuir para o aumento do número de partos naturais e a redução do percentual de cesáreas sem indicação clínica no país. Estamos vivendo uma transformação cultural importante nesse segmento”, ressalta.

Roberto Calheiros, diretor do Hospital Pasteur, afirma que a indicação para ser uma instituição disseminadora do programa é fruto do engajamento das equipes assistenciais da unidade. “Nossos resultados são resultado do forte comprometimento, principalmente, do Serviço de Obstetrícia. Agora, na segunda fase, o Pasteur vai levar esses parâmetros a outros hospitais da nossa cidade, para que eles também consigam aumentar seus índices de partos naturais”, aponta.

Para acompanhar e monitorar os dados dos hospitais participantes da segunda fase, as duas unidades receberão o suporte do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI), além da própria ANS. As equipes dos hospitais em destaque receberão treinamentos cujo tema principal será Capacitação para Melhoria.