A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou dados em que o hospital mato-grossense figura entre as três instituições do país com melhores resultados no Projeto Parto Adequado.

O Projeto Parto Adequado é desenvolvido pela ANS, o Institute for Healthcare Improvement (IHI) e conta com apoio do Ministério da Saúde. O objetivo é de identificar modelos inovadores e viáveis que valorizem o parto normal e reduzam o percentual de cesarianas desnecessárias na saúde suplementar.

O diretor do Projeto Parto Adequado do IHI, Paulo Borem, destaca a Femina entre os melhores serviços do mundo. “A Femina investiu em mudanças estruturais que contribuíram muito para essa nova realidade. Hoje, a Femina se aproxima das melhores práticas recomendadas no mundo. O comprometimento por parte da direção do hospital também foi essencial”, disse Borem.

Em todo o Brasil, 40 instituições participam do programa. No Hospital Infantil e Maternidade Femina, a média – que antes era de 1,46% de partos normais por mês, hoje ultrapassou a marca dos 40% entre as grávidas. Este é um dos três melhores indicadores nacionais e é o reflexo crescente do número de mulheres gestantes que escolhem essa opção de parto.

“Somos um hospital de porte médio, mas referência em gestação de alto risco. Participar do projeto e ser reconhecido nacionalmente é motivo de orgulho para o hospital e a equipe”, falou a diretora técnica da Femina, a pediatra neonatologista Fernannda Pigatto.

Dos três modelos assistenciais propostos pela ANS, a Femina optou pelo parto realizado pelo plantonista do hospital. Atualmente, a instituição, em parceria com a operadora de saúde Unimed Cuiabá, conta com uma equipe de plantão 24 horas composta por dois obstetras, um pediatra, um anestesista e uma enfermeira obstétrica.

O hospital oferece ainda os serviços pré-existentes de pronto atendimento e uma UTI neonatal equipada, com capacidade para até 22 recém-nascidos. Entre os benefícios do Projeto Parto Adequado está a redução do agendamento da cesariana antes da 39ª semana de gestação.

“Estamos observando mudanças positivas também em um dos indicadores mais importantes – redução da admissão em UTI neonatal –, o que nos dá a certeza de estarmos no caminho certo”, avalia a diretora de Desenvolvimento Setorial da ANS, Martha Oliveira.

Conforme esclarece a presidente da Femina, Ivana Kamil Fares, a escolha do tipo de parto continua sendo da gestante, mas é papel dos profissionais orientá-la sobre os benefícios do parto normal para mãe e filho.

“A segurança de ambos é a nossa prioridade. Melhorar a assistência e evoluir é o objetivo. Além de estar em os três primeiros na lista da ANS, dos 6 mil hospitais existentes no país, estamos entre os 195 melhores classificados e rumo aos 131″, observa.

ESTRUTURA – Para adequar a estrutura física, a maternidade inaugurou recentemente duas salas, projetadas e equipadas com o que há de mais novo no mercado, com o objetivo de atender todas as expectativas e necessidades de suas pacientes. Além disso, a instituição disponibiliza todo equipamento necessário para monitoramento da vitalidade fetal durante o trabalho de parto e reanimação neonatal – como o aparelho de Cardiotocografia (Monica Health Care).

Em breve, o hospital planeja oferecer visitas guiadas das gestantes à maternidade, cursos de gestantes durante o pré-natal, consulta prévia com o obstetra e o pediatra que fazem parte da equipe de plantão (previamente ao nascimento), avaliação da experiência do cuidado no pós-parto pelas mulheres – com feedback à equipe para melhorar o cuidado –, entre outras melhorias.