O número de beneficiários com 60 anos ou mais de idade cresceu 1,8%, nos últimos doze meses, passando de 5,9 milhões para 6,1 milhões.

Ao contrário do que se propaga, as pessoas idosas não estão deixando de ter planos de assistência à saúde. De acordo com levantamento da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde),  com base  nos últimos dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o número de idosos (pessoas com 60 anos ou mais de idade), na saúde suplementar, cresceu 1,8% entre junho de 2015 e junho de 2016, passando de 5,9 milhões para 6,1 milhões. Ainda nessa faixa etária, segundo o tipo de contratação individual, o crescimento foi de 2,2%, em junho de 2016 comparado com junho de 2015.  Já nos planos coletivos a expansão foi de 1,8%, no mesmo período.

A explicação para isso é que à medida que a idade avança, aumenta a preocupação e a necessidade com os cuidados em saúde e, portanto, cresce a demanda por planos e seguros privados de saúde. Atualmente, mais de um milhão de idosos com mais de 80 anos são assistidos por planos de saúde. Ou seja, 35,6% da população do Brasil nessa faixa etária possuem planos de saúde. Esse é o maior percentual de cobertura na saúde suplementar. Cabe ressaltar que a participação de beneficiários de planos de assistência com 60 anos ou mais de idade também cresceu, passando de 12,0% em junho de 2015 para 12,5% em junho de 2016, aumento de 0,5 ponto percentual em doze meses.

É preciso ressaltar que a faixa etária dos beneficiários é o principal fator a influenciar na formação do preço ou mensalidade e na variação dos custos médicos.  Crianças e idosos utilizam mais serviços de saúde que o restante da população. As despesas são altas na primeira idade, pois hoje a tecnologia permite salvar prematuros de baixo peso ou recém-nascidos com problemas de formação ou saúde. Nos anos seguintes a despesa é menor e se mantém em patamar baixo até por volta dos 45 anos de idade. A partir dessa idade as despesas médicas per capita crescem exponencialmente. E praticamente dobram acima de 59 anos em relação à faixa imediatamente anterior, de 54 a 58 anos. E isso não acontece apenas no Brasil – trata-se de um perfil mundial.

Segundo pesquisa da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), de 2015, no segmento de operadoras por autogestão, por exemplo, há um salto significativo dos custos entre a faixa etária dos 54 aos 58 anos e a faixa partir dos 59 anos. O custo assistencial médio por beneficiário dos 54 aos 58 anos de idade é de R$ 3.988,23, enquanto a partir 59 anos sobe para R$ 8.036,35 – uma variação acima de 100%.