Já há mais de 4,5 mil pessoas confirmadas com Coronavírus (COVID-19) no Brasil, segundo informações do Ministério da Saúde. Conforme mostra a experiência de outros países, os pacientes mais vulneráveis são aqueles com 60 anos ou mais. Grupo que já representa 15% do total de beneficiários da saúde suplementar, ou pouco mais de 6,6 milhões, segundo o Panorama dos idosos beneficiários de planos de saúde pelo Brasil, produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

De acordo com o levantamento, a maior parte destes idosos se concentra em São Paulo e no Rio de Janeiro, em linha com a maior concentração de beneficiários. Estados que registram a maior quantidade de casos confirmados de COVID-19 no País. No total, São Paulo tem 2,5 milhões de beneficiários com 60 anos ou mais e o Rio de Janeiro, 1 milhão.

“A maior prevalência de multimorbidade, isto é, presença de uma ou mais doenças crônicas nesta população, torna os idosos especialmente vulneráveis ao vírus. O que reforça a necessidade de seguir as orientações já amplamente divulgadas e manter o isolamento para minimizar a probabilidade de contágio”, alerta José Cechin, superintendente executivo do IESS.

O Panorama dos idosos beneficiários de planos de saúde pelo Brasil revela que a maior parte dos idosos é do sexo feminino (59,5%), tem entre 60 anos e 69 anos (52,3%) e mora na região sudeste do País (65,7%). Os números detalhados estão disponíveis no Portal do IESS: www.iess.org.br.

No total, há 1,9 milhão de beneficiários com idade entre 60 anos e 64 anos; 1,5 milhão de 65 anos a 69 anos; 1,1 milhão de 70 anos até 74 anos; 821,6 mil na faixa de 75 anos a 79 anos; e, 1,2 milhão com 80 anos ou mais. Sendo que, nos 12 meses encerrados em janeiro de 2020, o total de beneficiários com idade de 65 anos até 69 anos foi o que mais cresceu: foram 34,5 mil novos vínculos. O grupo foi seguido de perto pelos beneficiários que tem de 70 anos até 74 anos, que registrou 33,9 mil novos contratos; e por aqueles com 80 anos ou mais, grupo que firmou 30,9 mil vínculos no período. Cechin lembra que o número de idosos cresceu em todo o período pós-crise desde 2014.

Depois de São Paulo e Rio de Janeiro, os Estados com mais beneficiários idosos são: Minas Gerais (718,8 mil); Rio Grande do Sul (407,6 mil); Paraná (378,4 mil); e, Bahia (187,5 mil). Por outro lado, Roraima é a Unidade da Federação com menos beneficiários nesta faixa etária: apenas 3,1 mil. Acre (6,4 mil), Amapá (7,4 mil), Tocantins (8,1 mil) e Rondônia (18,8 mil) completam a lista dos cinco estados com menos idosos nas carteiras das Operadoras de Planos de Saúde (OPS).

Independentemente do total de beneficiários, Cechin reforça que é recomendável conversar com representantes da OPS para entender o melhor caminho caso seja necessário atendimento médico de qualquer tipo. “Agendar uma consulta com um profissional ou mesmo receber orientação por vídeo, recurso recentemente liberado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), é mais recomendado do que se dirigir a uma unidade de pronto-atendimento, em que a chance de cruzar com um paciente que já tenha contraído o Coronavírus é maior”, recomenta. “Precisamos nos cuidar e pensar nas pessoas que estão em isolamento conosco também”, completa.