Três mil médicos de todo o país foram ouvidos sobre as relações com os planos de saúde e pressões que eles recebem das empresas. Os profissionais relataram como isso afeta os pedidos de exames, as internações e os procedimentos de forma geral.

Os médicos também opinaram sobre o reajuste das mensalidades e como esses aumentos interferem ou até inviabilizam os tratamentos.

Esses dados estão na pesquisa “Os médicos brasileiros e os planos de saúde”, apresentada nessa quinta-feira (31), pela Associação Médica Brasileira e a Associação Paulista de Medicina.

O presidente da entidade paulista, José Luiz Gomes, comentou a queixa mais comum entre os médicos credenciados. Segundo ele, “as operadoras só propõem reajustes”, mas limitam consultas e exames.

Os médicos também foram consultados sobre projetos que tramitam no Congresso Nacional, e que propõem mudanças na Lei dos Planos de Saúde, que é de 1998.

O diretor da Associação Paulista de Medicina, Marun David Cury, se diz preocupado com a pressão das operadoras para modificar a legislação do setor. E critica a busca pelo aumento dos lucros, com a cobertura somente dos procedimentos previstos no contrato.

As opiniões para o estudo foram coletadas entre os dias 25 de fevereiro e 9 de março.