Os planos de saúde médico-hospitalares fecharam 2017 com redução de 0,6% no total de beneficiários em 12 meses. De acordo com a nova edição da NAB, o setor fechou o ano com 47,3 milhões de vínculos. Redução de 281,6 mil beneficiários em relação a 2016.

Apesar da retração, o resultado é positivo em relação ao registrado nos últimos anos. Em 2016, o mercado de planos de saúde médico-hospitalares havia recuado 2,8%, com perda de 1,4 milhão de vínculos. Antes disso, em 2015, a queda havia sido de 2,3% ou 1,2 milhão de vínculos. O resultado de 2017 mostra uma clara desaceleração no ritmo de rompimentos de contratos com esse tipo de plano.

Pensando em um gráfico em “U”, estamos nos aproximando do ponto mais baixo e preparando para retomar o crescimento. Entretanto, a recuperação dos mais de 3 milhões de vínculos rompidos desde o fim de 2014 não se dará de forma rápida, mas gradual, intimamente ligada ao contexto da economia nacional e a geração de empregos formais em setores como o de comércio e serviços nos grandes centros urbanos, onde as empresas tendem a oferecer o benefício do plano de saúde como uma forma de reter talentos e recompensar colaboradores.

Hoje, contudo, a taxa de desocupação está caindo principalmente pelo crescimento do mercado informal. Os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Mensal apontam que o total de empregos com carteira assinada recuou 2,5% até novembro de 2017. Se esse quadro não se reverter, com a retomada de empregos formais, a recuperação do setor de planos médico-hospitalares deve ser mais demorada.

A NAB aponta, ainda, que entre novembro e dezembro de 2017 foram firmados 108,6 mil novos vínculos com planos médico-hospitalares, uma ligeira alta de 0,2%. Mesmo olhando o resultado com cautela, já que a variação mensal desconsidera questões sazonais, não permitindo uma análise precisa quanto à comparação anual, é um resultado positivo.