Um assunto que segue rendendo discussões é o das mudanças que aconteceram em relação aos Planos de Saúde no Brasil, no que diz respeito, principalmente, às queixas das pessoas que ainda não entenderam o processo. Um questionamento que pode vir à tona com essa questão é justamente se a venda desses planos pode ter caído no Brasil.

Mas, segundo o especialista em planejamento financeiro Paulo André Fonseca, o que houve, na verdade, foi uma perda de coberturas mais completas. Ou seja, as pessoas, por falta de rentabilidade, não conseguiram manter seus planos sob uma perspectiva de proporção assistencial como em anos anteriores.

“Muito disso pode ser atribuído à inflação, não acompanhada pela renda das pessoas. Porém, há por parte delas um esforço para se manterem em algum perfil, ainda que inferior ao anterior, já que não desejam usar a rede pública de saúde (SUS), em especial nas grandes cidades, onde o atendimento costuma ser mais precário. Há também o grupo de pessoas que devido ao susto recente da pandemia buscou uma melhoria de seu plano. De um lado ou de outro o mercado segue aquecido com esses movimentos”, esclareceu.

Segundo Paulo, há esforço também por parte das seguradoras que já entenderam as mudanças do mercado na perspectiva de criar soluções que se encaixem nos orçamentos, desde os mais simples até os mais completos.

“Apesar dos reajustes cada vez maiores, muito se deve ao momento pós-pandêmico que mais cedo ou mais tarde cobraria seu preço. A verticalização das redes de alguns grupos da área da saúde tem sido uma solução viável, permitindo uma redução e controle de custos, apresentando assim valores mais acessíveis”, pontuou.

Ainda conforme Paulo, mesmo com toda a incompreensão de alguns, muitos não perderam o entendimento da importância de um plano de Saúde e quando ela é notada. “A vantagem de quem tem um plano particular é percebida em casos de situações acidentais mais graves ou de doenças, onde os custos hospitalares são altos. Já a parte que não possui plano de saúde particular, que hoje corresponde a mais de 70% da população, não tem sequer a garantia de receber um atendimento básico. As pessoas que utilizam a rede pública, muitas vezes, se vêem a mercê da sorte em filas longas e nem sempre conseguem vagas nos hospitais para casos mais graves”, completou.

Paulo André Fonseca é sócio da “AddGroup”, que é uma empresa que reúne um conjunto de soluções Financeiras e Tecnológicas para atender os profissionais da área de Planejamento Financeiro. Ela reúne um completo portfólio de soluções, desde Seguros de Vida, Saúde, Bens e Patrimônio, passando por estratégias comportamentais e de investimentos que faz com que os clientes atinjam seus objetivos de Vida.