No dia (17), a UNIDAS – Autogestão em Saúde participou de uma reunião emergencial convocada pelo ministro Luiz Henrique Mandetta, para abordar o panorama da epidemia do coronavírus (Covid-19) no Brasil, além de seus possíveis cenários e impactos nas próximas semanas. O encontro, realizado de maneira remota, contou com a participação do diretor-presidente interino da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Rogério Scarabel, do presidente da UNIDAS, Anderson Mendes, e do gerente executivo da instituição, Leandro Araujo. Além deles, também marcaram presença o presidente da Cassi, Dênis Côrrea, outros três diretores da ANS, representantes da Abramge, da Fenasaúde e outras lideranças do setor.

Durante a discussão, o ministro apresentou o cenário brasileiro sobre o avanço do coronavírus e comentou que o setor de saúde deve iniciar, neste momento, um espiral de casos de pessoas infectadas pela doença. Ele solicitou ainda que todos se esforcem e trabalhem no máximo das suas possibilidades, pois haverá algumas medidas de extrema necessidade, para potencializar ações efetivas no combate à crise que o país enfrentará. São elas:

  • Realizar checkpoint para testes rápidos.
  • Organizar a ampliação de leitos de CTI/UTI.
  • Aumentar unidades de home care.
  • Aumentar serviços de telesaúde /teleconsulta.
  • Adiar cirurgias eletivas, se possível, para descomprimir o número de pessoas internadas nos hospitais.
  • Criar comissões médicas visando desospitalização e tratamento domiciliar, para reservar leitos para as situações emergenciais.

Em seguida, Mandetta se comprometeu a encontrar soluções em parceria com as operadoras e abriu espaço para que pudessem emitir comentários sobre o atual momento. O presidente Anderson Mendes enalteceu o trabalho desempenhado pelo ministro e sua equipe frente ao enfrentamento deste cenário nunca antes enfrentamento em nosso país, além de reconhecer que a ANS já vem sinalizando ajustes na regulação vigente, para este cenário de crise.

“Precisamos lembrar que no segmento de autogestão encontra-se o maior percentual de idosos, com média superior a 30%; algumas filiadas possuem quase 50% de sua carteira acima dos 59 anos, faixa etária mais sensível ao coronavírus, que demandará mais atendimentos de saúde e cuidados específicos, e será a responsável pelo maior número de internações, boa parte em leitos de alta complexidade (UTI). Estes custos, não previstos em nossas projeções para 2020, podem ocasionar um importante desequilíbrio entre nossas receitas e despesas”, destaca o presidente da UNIDAS.

Ao final, o ministro solicitou aos participantes que fizessem um resumo de sugestões e medidas de curto prazo, para enfrentamento do cenário, e enviassem até as 8h de hoje (18). Ministério da Saúde, Conselho de Saúde Suplementar (Consu) e ANS avaliarão as proposições e assumiram o compromisso de tentar dar celeridade às resoluções emergenciais, para momentos de surtos epidêmicos.

No documento enviado aos órgãos governamentais, a UNIDAS priorizou algumas ações para o enfrentamento da crise: uso da telemedicina, prontuário eletrônico, quebra de patente, ações para a sustentabilidade financeira das operadoras e flexibilização da ANS para evitar autuações e penalidades. Clique aqui e acesse o ofício na íntegra.

O ministro da saúde adiantou que realizará reuniões frequentes para falar sobre o coronavírus e, nelas, a UNIDAS continuará sendo a porta-voz das autogestões.