A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou, na noite desta terça-feira, ter recebido o pedido do Ministério da Saúde para importar 20 milhões de doses da vacina Covaxin, fabricada na Índia. Segundo a agência, porém, a documentação apresentada pelo ministério está incompleta.

Enquanto o ministério não apresentar a documentação completa, o prazo de análise está suspenso, informou a agência. No cronograma do ministério, a entrega das doses de vacinas está prevista até maio.

O Ministério da Saúde não apresentou “relatório técnico da avaliação da vacina emitido ou publicado pela autoridade sanitária indiana”, “certificados de liberação dos lotes a serem importados” e “licenciamento de importação”, segundo a Anvisa.

“A norma estabelece que o relatório técnico de avaliação da vacina deve ser capaz de comprovar que o produto atende aos padrões de qualidade, de eficácia e de segurança estabelecidos pela OMS (Organização Mundial de Saúde)” ou por outros órgãos, informa ainda a agência, o que ainda não foi apresentado pelo ministério.

Além da autorização da Anvisa, há outro entrave. Cada remessa depende de aval do governo indiano. Emanuela Medrades, representante da Precisa, empresa que trará o imunizante ao Brasil, afirmou que será possível entregar as doses, mas sugeriu que o governo brasileiro faça um movimento de interlocução com a Índia.