Você provavelmente já deve ter ouvido aquele ditado popular que diz “é melhor prevenir do que remediar”, não é?

Pois essa máxima nunca foi tão verdadeira quanto nos dias de hoje. No Brasil e no mundo, o investimento em medicina preventiva tem ganhado cada vez mais espaço no planejamento estratégico das operadoras de saúde.

A ideia central é substituir o modelo curativo, focado na doença, por uma abordagem voltada à manutenção da saúde e da qualidade de vida.

Ao criar programas de medicina preventiva, as operadoras (e também as empresas que oferecem planos de saúde corporativos) podem obter uma série de resultados positivos, que incluem desde o aumento nos índices de satisfação dos beneficiários até a redução de seus custos operacionais.

Pensando em ajudar os gestores a enxergar o potencial dessas ações, preparamos este artigo, que reúne cinco motivos para justificar o investimento em medicina preventiva pelas operadoras de saúde.

Confira:

1. Mais qualidade de vida para o beneficiário

O principal benefício de investir em medicina preventiva é a melhoria na qualidade de vida das pessoas. As ações de prevenção trazem diversos reflexos positivos nas condições gerais de saúde do indivíduo, seja ele saudável ou portador de alguma doença.

Com os devidos cuidados preventivos, até mesmo pacientes com doenças crônicas podem ter uma vida mais ativa e feliz, inclusive na terceira idade. Isso inclui milhões de pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 2, hipertensão, câncer ou problemas cardiovasculares.

Como consequência do investimento em medicina preventiva, o beneficiário do plano de saúde consegue reduzir os gastos pessoais com medicamentos e tratamentos, melhorar o convívio com a família e aumentar sua produtividade no trabalho.

Ao cuidar da saúde e focar na prevenção, as pessoas não precisam interromper planos e projetos de vida devido às complicações decorrentes do tratamento de uma doença. Isso se torna ainda mais importante quando considerarmos o aumento da longevidade e a tendência de envelhecimento da população brasileira.

2. Mais produtividade e menos absenteísmo

Para as empresas que optam por planos de saúde corporativos e priorizam o investimento em medicina preventiva, os resultados positivos podem ser observados na produtividade da equipe.

Com a saúde em dia, os colaboradores faltam menos e têm mais disposição para o trabalho, tornando todo o ambiente mais produtivo. Além disso, oferecer ações e programas voltados para a medicina preventiva pode ser uma ótima ferramenta de endomarketing, capaz de motivar os funcionários e atrair novos talentos.

Por meio da implantação de programas de medicina preventiva, as empresas conseguem aumentar a qualidade de vida e a disposição de todos os envolvidos. O tema e o formato desses programas vão depender das necessidades identificadas pelos gestores, através do levantamento do perfil epidemiológico do seus funcionários.

Entre as ações que podem ser desenvolvidas com sucesso no ambiente corporativo estão campanhas voltadas para o diagnóstico precoce, vacinação, programas de ginástica laboral e a promoção de hábitos saudáveis, incluindo reeducação alimentar, prática de atividade física e combate ao tabagismo.

3. Redução dos gastos com saúde

Além de estarem preocupadas com a qualidade de vida dos beneficiários, empresas e operadoras buscam nos programas de prevenção e promoção da saúde uma forma de reduzir suas despesas com saúde.

Nestes casos, direcionar recursos para o investimento em medicina preventiva certamente contribui para a redução dos custos assistenciais, apesar de isso parecer contraditório à primeira vista.

Nas operadoras, essa redução acontece principalmente por que os usuários passam a adotar hábitos mais saudáveis e fazer exames preventivos com mais frequência. Além de evitar o desenvolvimento de diversas doenças, isso possibilita detectar enfermidades em seu estágio inicial, encurtando o tempo dos tratamentos e tornando-os menos dispendiosos.

Para as empresas que contratam planos de saúde, a diminuição do uso dos serviços pode garantir um reajuste anual menor na negociação com as operadoras, já que o índice de sinistralidade tende a melhorar.

4. Racionalização dos serviços médico-hospitalares

Pessoas com o hábito de fazer exames frequentes, mais informadas e com mais qualidade de vida consequentemente apresentam menos complicações de saúde. E isso implica em um uso mais racional dos serviços médico-hospitalares.

Além da redução nas despesas (tanto pessoais quanto por parte das operadoras), o investimento em medicina preventiva diminui o desperdício de recursos assistenciais, cuja disponibilidade costuma ser reduzida.

Com menos demanda por internações ou intervenções de alta complexidade, estes serviços podem ser utilizados com menor frequência, reduzindo os problemas gerados pelo excesso de procura.

Assim, além de economizar, a operadora pode ter certeza de que não vão faltar leitos para pacientes graves e que não haverá “filas de espera” para a realização de consultas ou cirurgias.

5. Aumento da pontuação no IDSS

Calculado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) é um indicador muito importante para a imagem de uma operadora de saúde. Entre o público consumidor dos serviços, ele é considerado a principal referência na hora de escolher ou mesmo trocar de plano de saúde.

O investimento em medicina preventiva é um dos fatores que influenciam nessa “nota” dada pela ANS às operadoras. Para conseguir aumentar sua nota no IDSS com programas de Promoprev, é preciso inscrever e aprovar cada programa junto à agência, apresentando indicadores que mostrem os resultados obtidos.

Mesmo ações simples, como ligar para os beneficiários para agendar exames preventivos, podem reverter em bônus para a pontuação no IDSS. A realização desses exames com frequência aumenta os casos de diagnóstico precoce, diminuindo a procura pelos serviços de emergência e melhorando a qualidade do serviço prestado.

Isso resulta não apenas na melhora da imagem da operadora perante o mercado, como também em um aumento no índice de satisfação e retenção dos beneficiários.