O presidente da Associação Brasileira dos Planos de Saúde (Abramge), Reinaldo Scheibe, falou hoje sobre o risco de hospitais ficarem sem o chamado “kit intubação”. Isso porque o fornecimento desses medicamentos não acompanhou o aumento rápido de casos e internações.

“Com a abertura de leito, e mais pacientes internados, não tem equipamento, nem material. Não adianta abrir leito se não temos medicamentos. Hoje, a média de permanência em leito de enfermaria e UTI do paciente de Covid mais que dobrou”, disse em entrevista à CNN.

Com a previsão de que os analgésicos, sedativos e bloqueadores musculares faltem em 20 dias, a Anvisa autorizou a importação direta dos insumos. Para Scheibe, a ação rápida da agência é importante, mas não suficiente, já que a compra fora do país não acontece tão rapidamente.

Por isso, levantou a necessidade de um mutirão, envolvendo hospitais públicos, privados e o Governo Federal. E pediu que os ministérios da Saúde e das Relações Exteriores atuem no contato com outros países. “Se necessário, usar até avião da FAB. Podemos buscar medicamentos prontos na Europa e até na Ásia. Tem produtos que podem ser feitos no Brasil, mas o insumo básico tem que chegar”, finalizou.