Apesar das 12 aquisições já promovidas neste ano, a NotreDame Intermédica tem ainda no radar outros dez ativos, sendo que alguns deles estão em negociações avançadas, segundo Irlau Machado, presidente da operadora de planos de saúde, que realizou teleconferência para analistas e investidores nesta terça-feira sobre os resultados do terceiro trimestre.

Neste ano, as aquisições incluem 1 milhão de usuários de planos de saúde e dental, além de 859 leitos hospitalares para a rede verticalizada do grupo.

No terceiro trimestre, a taxa de sinistralidade da companhia ficou em 68,6%, uma queda de 2 pontos percentuais. “Deste ganho, 0,5 ponto percentual veio de procedimentos não realizados anteriormente devido à covid”, disse Machado.

Boa parte do ganho da sinistralidade veio dos exames médicos que passaram a ser realizados internamente. A operadora adquiriu o laboratório de medicina diagnóstica Ghelfond, de São Paulo. “Os exames processados fora são 40% mais caros”, disse o presidente da companhia.

Em relação ao aumento de 30% nas despesas comerciais, que totalizaram R$ 143 milhões, o motivo foi uma intensificação de vendas para pequenas e médias empresas, cuja sinistralidade é menor, mas demandam maiores gastos comerciais.

A suficiência de solvência da operadora deve terminar o ano em R$ 300 milhões. No terceiro trimestre, esse indicador ficou em R$ 41,3 milhões, abaixo das médias da companhia. Segundo Marcelo Moreira, diretor financeiro da companhia, o indicador deve retomar os padrões com as aquisições da Ecole, Medplan e Medisanitas, que são operadoras e demandam suficiência de solvência.