Os planos de saúde no Brasil ganharam clientes pelo segundo mês consecutivo, segundo balanço da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em agosto, houve alta no total de beneficiários, somando 46,911 milhões de pessoas.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, os planos de saúde acumulam perdas de beneficiários. Boa parte teve de cortar o seguro para readequar o orçamento ou foi demitido do trabalho, o que tirou acesso ao convênio.

Entre março e junho de 2020, cerca de 364 mil pessoas perderam seus planos de saúde. Em julho, houve a primeira alta, passando de 46,723 milhões para 46,833 milhões de beneficiários ativos.

Mesmo com a reversão de tendência, a melhora dos números ainda não compensa as perdas da pandemia.

Nos últimos 12 meses, o mês de março tem o melhor desempenho, com 47,087 milhões de beneficiários. Agosto de 2019 também foi ligeiramente melhor que este ano, com 46,967 milhões de clientes de planos de saúde.

A exceção fica para planos exclusivamente odontológicos, que tiveram alta de 24,794 milhões para 25,816 milhões de beneficiários entre agosto do ano passado e deste ano.

Os planos de saúde perdem beneficiários desde 2015. Somente em 2018, houve uma estabilidade nos números. Em 2019, houve uma perda de 60,4 mil clientes. Em dezembro de 2014, o setor chegou a reunir 50,49 milhões de pessoas.

O desemprego está relacionado à queda pelo contingente de clientes vinculados às empresas. São 8,9 milhões de beneficiários de planos familiares ou individuais contra 37,8 milhões de clientes de planos coletivos.