Em quatro anos, o envelhecimento da população deverá elevar os gastos médico-hospitalares da saúde suplementar em 10,5%. Até 2030, a alta pode chegar a 34%, aponta o IESS, instituto do setor.

As internações, responsáveis por 56% dos custos, deverão aumentar 30% nos próximos quinze anos.

O impacto no preço dos planos de saúde deve afetar todas as faixas etárias, diz Antonio Carlos Abbatepaolo, diretor-executivo da Abramge, que reúne empresas do ramo.

Apesar da iminente mudança, as operadoras não têm priorizado a busca por soluções de longo prazo, segundo ele. “É um momento de transição do modelo de negócios, mas é difícil pensar em ações mais consistentes em meio a uma crise econômica.”

Evolução dos gastos assistenciais – Proporção de beneficiários por faixa etária

Entre as medidas-chave para enfrentar o novo cenário estão o estímulo à prevenção e a criação do VGBL Saúde, diz Luiz Augusto Carneiro, superintendente do IESS.

O plano de previdência com recursos destinados à saúde já foi aprovado na Câmara e espera votação no Senado.