Para diminuir a sinistralidade e evitar mais prejuízos que vem sendo contabilizados com a perda de beneficiários diante da crise e do aumento do desemprego, empresas e operadoras de planos de saúde estão atrás de programas de gerenciamento de saúde e de prevenção de doenças.

​​​Na AzimuteMed, empresa que desenvolve programa de saúde, esta procura aumentou em ​12​% nos últimos meses. “A carteira das operadoras está diminuindo, mas os gastos  continuam por até três meses da rescisão do contrato com o cliente, gerando um déficit para a empresa. Por conta disso temos recebido diversas solicitações para o desenvolvimento de soluções que impactem de forma positiva na carteira”, conta Luciana Lauretti, sócia da AzimuteMed.​

​Segundo dados do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o mercado brasileiro de planos de saúde médico-hospitalares perdeu cerca de 766 mil beneficiários em 2015, uma queda de 1,5% em relação ao ano anterior. O principal segmento a pressionar as perdas foram os contratos oferecidos por empresas a seus colaboradores: uma perda de 404,8 mil vidas.

Um dos programas de maior interesse é o da conscientização sobre a utilização do plano de saúde.  “Sabemos que o uso inadequado do benefício eleva a sinistralidade e, consequentemente, o valor da mensalidade”, explica Luciana. Estudo conduzido pela empresa em uma carteira corporativa com 2.350 vidas revela que 13,5% usam o plano de saúde de forma abusiva, o que gera um sinistro anual por pessoa no valor de R$ 2.677,71, quando a média do mercado gira em torno de R$ 906,96.

As operadoras também estão interessadas em investir na saúde de sua população através de programas de prevenção e de gerenciamento de doenças. Além de proporcionar adesão ao tratamento, serviços de orientação a pacientes sobre as prescrições médicas também contribuem para a estabilidade da saúde e qualidade de vida.

“Um paciente informado sobre sua doença, que faz uso correto da medicação e possui hábitos saudáveis, utiliza o plano de saúde de forma inteligente. Isso otimiza custos e traz resultados para as empresas e operadoras de saúde”, conclui Luciana Lauretti.