O total de brasileiros considerados obesos, subiu de 11,8%, em 2006, para 17,9%, em 2014. E junto com a prevalência da doença, aumentou também frequência com que são realizadas cirurgias bariátricas, apesar das complicações graves (que podem inclusive levar a óbito) associadas ao procedimento. Hoje, o Brasil já é o segundo País com o maior número dessas intervenções realizadas por ano, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2015, foram realizadas 93,5 mil cirurgias aqui, contra 140 mil, lá.
Os números fazem parte de dois trabalhos que publicamos hoje: o Estudo Especial “Evolução da obesidade no Brasil” e o TD 59 – “Impactos da cirurgia bariátrica”.
A alta procura pelas cirurgias bariátricas preocupa, principalmente, porque não se tem respeitado todos os critérios para determinar quem pode ou não realizar o procedimento. Outro ponto importante é que, apesar de o procedimento deter pontos positivos, como toda operação cirúrgica, há riscos envolvidos que precisam ser melhor avaliados e comunicados aos pacientes e suas famílias. O mais sério deles é que 4,6% das pessoas submetidas à cirurgia bariátrica morrem em até um ano após a operação por decorrência de problemas relacionados a intervenção.