Nas últimas três décadas, o Brasil conquistou avanços importantes no bem-estar infantil. Entre 1990 e 2019, o país registrou quedas na mortalidade de crianças de até 5 anos (-59,8%) e de recém-nascidos (-56,1%), segundo dados do Unicef. Contudo, a chegada da pandemia de Covid-19 impactou a realização de consultas ambulatoriais em pediatria na saúde suplementar. A queda não foi uma particularidade apenas para recém-nascidos e crianças, mas também para os adultos, que realizaram menos consultas em geral , assim como menos consultas com mastologistas e com proctologistas.

No intervalo entre 2019 e 2020, o número de atendimentos com pediatras caiu de 16,5 milhões para 10,6 milhões (-35,4%), segundo a “Análise Especial do Mapa da Saúde Suplementar no Brasil entre 2015 e 2020”, produzida pelo IESS com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A retração é um sinal de alerta para os gestores do setor, principalmente porque no primeiro ano de vida o acompanhamento frequente com um pediatra é primordial para avaliar a saúde, identificar doenças de forma precoce e, consequentemente, avaliar o desenvolvimento das crianças.

Além disso, o período da pandemia também afetou a saúde mental dessa parcela da população. O número de quadros de ansiedade na infância e adolescência aumentou de 11,6%, no período pré-pandemia, para 25,2%, segundo um levantamento da Universidade de Calgary (), do Canadá. Já o porcentual dos casos de depressão entre crianças e adolescentes subiu de 12,9% para 20,5% antes e depois das mudanças impostas pela Covid-19.

Veja aqui a íntegra da análise do IESS.