A incidência mundial de parto prematuro, uma das principais causas de morbidade e mortalidade infantil, é de 9,6%. Além dos resultados adversos para a saúde do bebe e da mãe por até três anos após o nascimento, esse tipo de parto também implica em um aumento dos gastos em saúde. O estudo “Cost effects of preterm birth: a comparison of health care costs associated with early preterm, late preterm, and full-term birth in the first 3 years after birth”, publicado na última edição do Boletim Científico com o título “Gastos em saúde referentes ao parto prematuro: uma análise dos gastos em saúde entre os períodos gestacionais durante os três primeiros anos do bebê”, avalia os custos associados ao parto prematuro em diferentes segmentos, como gastos médios em medicação, tratamento hospitalar, e o tratamento ambulatorial durante os primeiros três anos após o nascimento.

O estudo mostra que os gastos em saúde para nascimentos prematuros abaixo de 34 semanas foram em grande parte oriundos de tratamentos hospitalares, contabilizando uma média de gastos nove vezes superior ao de bebês prematuros entre 34 a 36 semanas, e oitenta vezes superior ao dos nascidos após 37 semanas. A gestação normalmente leva de 37 a 41 semanas, sendo que há estudos (com o relatado por Matt Austin, pesquisador e professor da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins e supervisor científico de Pesquisa Hospitalar do The Leapfrog Group (EUA), durante sua apresentação no seminário internacional “Indicadores de qualidade e segurança do paciente na prestação de serviços na saúde”) que apontam vantagens para o nascimento após a 38° semana.