O número de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos ultrapassou 28,9 milhões de vínculos após registrar avanço de 9,3% no período de 12 meses encerrados em novembro do ano passado. O resultado representa um acréscimo de 2.470.610 de pessoas que passaram a contar com essa forma de assistência. Os resultados são da Análise Especial da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nº 65, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

No intervalo, o resultado foi impulsionado pela contratação de planos individuais e familiares (+14,6%) e de coletivos empresariais (+9,6%). Além disso, no recorte por faixa etária, todos os grupos contribuíram para o bom desempenho do setor, sobretudo os adultos e idosos: aumento de 10,2% entre os com 59 anos ou mais e 9,6% entre 19 a 58 anos de idade. Já na análise regional, o número de beneficiários cresceu em quase todos os estados brasileiros. Santa Catarina registrou alta de 31,9% e, novamente alta em Piauí, dessa vez de 25,7%. Os estados que registraram queda foram Sergipe (-0,3%) e Roraima (-0,1%).

Área de abrangência e os planos médico-hospitalares e odontológicos

A análise do IESS também mostra o comportamento de contratação de planos, segundo abrangência geográfica, que pode auxiliar a interpretação do crescimento do número de beneficiários. A abrangência geográfica é a área em que um plano privado se compromete a prestar assistência à saúde que foi contratada pelo beneficiário, instituições ou empresas.

Entre janeiro e novembro de 2021, a média de brasileiros que contavam com planos de assistência médico-hospitalar foi de 48,1 milhões. Desses, 44% contrataram o plano com abrangência de grupos de municípios (em mais de um e até 50% dos municípios do Estado) e 40%, com cobertura em todo o território nacional — o que representa uma proporção inversa e contínua, desde 2015, onde cerca de 43% tinham cobertura nacional e 40% em grupo de municípios. Já na contratação dos planos exclusivamente odontológicos, o número médio de beneficiários com cobertura Nacional mais do que dobrou entre 2011 e 2021, passou de 10,0 milhões para 20,4 milhões, representando 74% do total de beneficiários neste último ano.

“Esta análise especial mostrou que é diferente o perfil de contratação da área de cobertura em planos médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos. Em 2021, por exemplo, nos planos de assistência médica, a proporção de nacionais e em grupo de municípios foi semelhante. Verificou-se também que há tendência de crescimento da contratação de planos que envolvam municípios, muito provavelmente pela questão do preço”, destaca José Cechin, superintendente executivo do IESS.