Os planos de saúde exclusivamente odontológicos seguem com forte tendência de alta em volume de novos beneficiários no País. No período de 12 meses, encerrados em abril de 2022, houve acréscimo de 2,3 milhões de vínculos (alta de 8,8%) – eram 27 milhões em abril do ano passado e atingiu o patamar atual de 29,4 milhões. Os dados são da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nº 70, desenvolvida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

Os registros com esse tipo de plano são de progressões consecutivas, desde o terceiro trimestre de 2020, quando havia 25,9 milhões de beneficiários. De lá pra cá os números não pararam de subir: 27,1 milhões em abril de 2021, 29 milhões em janeiro deste ano, até atingir 29,4 milhões em abril.

De acordo com o estudo, houve crescimento em todos os tipos de contratações no período de um ano. A maior alta, no entanto, em termos percentuais, ocorreu com o individual ou familiar (11%) com acréscimo de 511 mil vínculos. O tipo coletivo empresarial registrou 1,7 milhão de novos beneficiários (alta de 9,1%) e o coletivo por adesão 74,7 mil (2,7%).

Vale frisar que, em abril deste ano, 24,2 milhões – correspondente a 82,4% de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos – possuíam um plano coletivo. Do volume total, 87,6% pertenciam ao tipo coletivo empresarial e 12,4% ao coletivo por adesão.

Para José Cechin, superintendente executivo do IESS, o comportamento observado nas principais regiões do País, com registros de alta, especialmente nos planos empresariais, está diretamente ligado a disponibilidade e oferta de empregos formais. “Observamos que, no período avaliado, houve melhoria nas oportunidades de trabalho em todas as regiões do Brasil. Considerando que o plano odontológico tem um preço bem acessível, é natural que haja reflexo no volume de novas adesões a planos de saúde, fato que mantém o segmento aquecido”, ressalta

Em números absolutos, a maior alta referente a novas adesões a planos odontológicos ocorreu no estado de São Paulo (7%), que representa 691,8 vínculos entre abril do ano passado e o mesmo mês de 2022. Na sequência, aparece o estado de Minas Gerais com 349,4 mil vínculos a mais no mesmo período (alta de 15,2%).